segunda-feira, 25 de abril de 2011

ESTEREÓTIPO

"Estereótipo é a imagem preconcebida de determinada pessoa, coisa ou situação. São usados principalmente para definir e limitar pessoas ou grupo de pessoas na sociedade. Sua aceitação é ampla e culturalmente difundida no ocidente, sendo um grande motivador de preconceito e discriminação.
Conceito infundado sobre um determinado grupo social, atribuindo a todos os seres desse grupo uma característica, frequentemente depreciativa; modelo irrefletido, imagem preconcebida e sem fundamento.
O Estereótipo também é muito usado em Humorismo como manifestação de racismo, homofobia, xenofobia, machismo e intolerância religiosa. É muito mais aceito quando manifestado desta forma, possuindo salvo-conduto e presunção de inocência para atingir seu objetivo."

POPULISMO - BRASIL



ELEIÇÕES DE 1930

EXPANSÃO MARÍTIMA DO SÉCULO XV


sábado, 23 de abril de 2011

Expansão marítima portuguesa

"Portugal foi a primeira nação a realizar a expansão marítima. Além da posição geográfica, de uma situação de paz interna e da presença de uma forte burguesia mercantil; o pioneirismo português é explicado pela sua centralização política que, como vimos, era condição primordial para as Grandes Navegações.
A formação do Estado Nacional português está relacionada à Guerra de Reconquista - luta entre cristãos e muçulmanos na península Ibérica.
A primeira dinastia portuguesa foi a Dinastia de Borgonha ( a partir de 1143 ) caracterizada pelo processo de expansão territorial interna.
Entre os anos de 1383 e 1385 o Reino de Portugal conhece um movimento político denominado Revolução de Avis -movimento que realiza a centralização do poder político: aliança entre a burguesia mercantil lusitana com o mestre da Ordem de Avis, D. João. A Dinastia de Avis é caracterizada pela expansão externa de Portugal: a expansão marítima.
Etapas da expansão
A expansão marítima portuguesa interessava à Monarquia, que buscava seu fortalecimento; à nobreza, interessada em conquista de terras; à Igreja Católica e a possibilidade de cristianizar outros povos e a burguesia mercantil, desejosa de ampliar seus lucros.
A seguir, as principais etapas da expansão de Portugal:
1415 -tomada de Ceuta, importante entreposto comercial no norte da África;
1420 -ocupação das ilhas da Madeira e Açores no Atlântico;
1434 -chegada ao Cabo Bojador;
1445 -chegada ao Cabo Verde;
1487 -Bartolomeu Dias e a transposição do Cabo das Tormentas;
1498 -Vasco da Gama atinge as Índias ( Calicute );
1499 -viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil."

EXPANSÃO MARÍTIMA DO SÉCULO XV

FATORES QUE PROVOCARAM A EXPANSÃO
- Centralização Política: Estado Centralizado reuniu riquezas para financiar a navegação;
- O Renascimento: Permitiu o surgimento de novas idéias e uma evolução técnica;
- Objetivo da Elite da Europa Ocidental em romper o monopólio Árabe-Italiano sobre as mercadorias orientais;
- A busca de terras e novas minas (ouro e prata) com o objetivo de superar a crise do século XIV;
- Expandir a fé;
OBJETIVOS DA EXPANSÃO
- Metais;
- Mercados;
- Especiarias (Noz Moscada, Cravo...)
- Terras;
- Fiéis;
PIONEIRISMO PORTUGUÊS
- Precoce centralização Política;
- Domínio das Técnicas de Navegação (Escola de Sagres) *
- Participação da Rota de Comércio que ligava o mediterrâneo ao norte da Europa;
- Capital (financiamento de Flandres);
- Posição Geográfica Favorável;
ESCOLA DE SAGRES – Centro de Estudos Náuticos, fundado pelo infante Dom Henrique, o qual manteve até a sua morte, em 1460, o monopólio régio do ultramar. O "Príncipe perfeito" Dom João II (1481-1495) continuou o aperfeiçoamento dos estudos náuticos com o auxílio da sua provável Junta de Cartógrafos, que teria elaborado em detalhe o plano de pesquisa do caminho marítimo para as índias.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

51 ANOS DE BRASÍLIA (apelidada de Disney brasileira)


"Brasília vulgo BSB, é a maior cidade do interior de Goiás. Ela está localizada na Fazenda Distrito Federal de propriedade da família Roriz-cida. Foi construída durante o governo de Juscelino Kubitschek, presidente com quem todos os atuais presidentes querem se comparar, na tentativa de chegar perto de um mineiro safado que conseguiu fazer a maior obra superfaturada da história e ainda ser reconhecido como "estadista".
Brasília, também conhecida pelos locais como "BRASILA" ou "BrasÓlia" (caixa alta sic), e assinada nos cheques como BSB, também é muito conhecida como o maior presídio de segurança mínima do Brasil. É lá que a cada 4 anos, cidadãos de todo o pais escolhem os ladrões mais perigosos dos seus estados para ficarem presos ( presos? ). Brasília é o lugar em que se paga caro por tudo: uma garrafa de cerveja nos bares mais pé-de-chinelo custa em torno de R$ 3,50, enquanto em outros lugares custa R$ 1,50. De vez em quando você encontra por 4 reais.
Bras-Ilha é outra denominação que faz sentido. Aqui vive a maior população de retirantes que comprou diploma só pra passar em concurso público, ganhou um trocos, mas continua ignorante do mesmo jeito e acha que virou gente. O termo também é justo em vista de ser considerada a "Ilha da Fantasia" do Brasil, sendo entrecortada constantemente pelo meio de transporte típico local que é o famoso Trem-da-Alegria."

sábado, 16 de abril de 2011

Coluna Prestes Trajetória de Prestes, da coluna à intentona comunista


"Em 5 de julho de 1922, um grupo de militares amotinados no Forte de Copacabana iniciou uma luta que marcou a história brasileira. Liderados inicialmente pelo coronel Euclides Hermes, filho do ex-presidente Marechal Hermes da Fonseca, tinham por propósito impedir a posse do presidente recém-eleito Artur Bernardes. Mas, com o decorrer da década de 20, o "Movimento Tenentista" - como ficou conhecido pela maciça participação de oficiais de baixa patente - ganhou objetivos mais amplos e um líder que figura hoje entre as principais biografias do século 20.

Luís Carlos Prestes, militar que fez carreira no Rio Grande do Sul, não participou da "Revolta dos 18 do Forte", pois, acamado estava impossibilitado de lutar contra mais um dos representantes das oligarquias que, com um modelo político baseado no poder local dos coronéis e nas fraudes eleitorais, dominavam o país.
Dois anos depois desse primeiro levante, os tenentes novamente se sublevaram em São Paulo, impondo a fuga de Carlos de Campos, Presidente do Estado (assim eram chamados os governadores durante a República Velha), para o Rio de Janeiro e assumindo o controle da cidade durante alguns dias.

Apesar do sucesso inicial dos tenentes, a Revolta Paulista de 1924 também entrou para a história por explicitar a fragilidade ideológica dos revoltos. Ainda que tivessem tomado a cidade, encontraram muitas dificuldades no relacionamento com os civis e, principalmente, na violenta repressão por parte do governo federal que, indiscriminadamente, atacou instalações militares e muitas áreas habitadas somente por civis.
As dificuldades em manter o governo da cidade e de resistir aos ataques das tropas federais resultaram na retirada dos tenentes de São Paulo que, em busca de um local que possibilitasse a reorganização do movimento, rumaram para a cidade de Foz do Iguaçu.
Foi por essa época que o então capitão Luís Carlos Prestes levantou suas tropas em Santo Ângelo no Rio Grande do Sul e se encaminhou para Foz do Iguaçu. Em 1925, com a fusão da Coluna Paulista (uma guerra de movimento que, segundo alguns historiadores, pode ser considerada uma guerra de guerrilha) e da Coluna Riograndense originou-se a Coluna Miguel Costa - Luís Carlos Prestes.
Durante três anos, os tenentes percorreram a pé e a cavalo cerca de 25.000 km. O número de integrantes da coluna variou em função das regiões por onde passou, da adesão da população oprimida pelas oligarquias e da repressão contra eles empreendida pelo governo e pelos coronéis.
Apesar de todas as dificuldades que impossibilitaram que Prestes e seus comandados atingissem seu objetivo -destituir o presidente Artur Bernardes-, a Coluna Prestes marcou época pelo seu aguerrido combate em busca de reformas políticas e sociais e, principalmente, por nunca ter sido derrotada.
Em 1927, a invencível Coluna dissolveu-se na Bolívia. Incapazes de assumir o governo, os homens de Prestes receberam do comandante, eternizado pelo apelido de Cavaleiro da Esperança, a autorização para tomarem seu próprio destino. Alguns ficaram na Bolívia, outros clandestinamente no Brasil onde foram presas fáceis da repressão governamental, mas alguns dos que voltaram se engajaram anos depois na Revolução de 1930.

Ideais comunistas
Já Luís Carlos Prestes mudou-se anos depois para a Argentina onde recebeu a visita de Agildo Barata, presidente do Partido Comunista Brasileiro.
Adepto dos ideais do Partido, Luís Carlos Prestes negou apoio à Aliança Liberal mas manifestou-se a respeito do movimento contestatório à República Oligárquica: "Mais uma vez os verdadeiros interesses populares foram sacrificados e vilmente mistificado todo um povo por uma campanha aparentemente democrática, mas que no fundo não era mais que uma luta entre os interesses contrários de duas correntes oligárquicas".
Prestes não só se recusou a participar do movimento que acabou por levar Getúlio Vargas ao poder como, anos depois, liderou um movimento que tinha por objetivo destituí-lo e implantar no país um regime nos moldes da URSS, país em que chegou em 1931. Nessa época, o cenário internacional convergia para a bipolarização ideológica.
A crise de 1929, que enfraqueceu o liberalismo e a democracia, a ascensão nazi-fascista e a consolidação soviética indicavam, como modelos a serem seguidos, a extrema direita de um lado e, do outro, o modelo soviético.
Essa radicalização ideológica atingiu em cheio o Brasil. Envolta no debate sobre a participação popular e a democratização, a sociedade brasileira cindiu-se em torno de duas propostas antagônicas.
A Ação Integralista Brasileira (AIB) professava os ideais defendidos pelo fascismo europeu, defendendo um Estado forte e intervencionista, caracterizado por um exacerbado nacionalismo.
Em contraposição à AIB foi criada a Aliança Nacional Libertadora (ANL) defensora da participação popular, do pluripartidarismo e próxima dos ideais defendidos pelo PCB. Nas palavras de Prestes, "a Aliança Nacional Libertadora é uma vasta e ampla organização de frente única nacional. O perigo que nos ameaça, o perigo que aumenta dia a dia, nos obriga a colocar em primeiro plano nos dias de hoje a criação do bloco, o mais amplo de todas as classes oprimidas pelo imperialismo, pelo feudalismo, e, portanto, pela ameaça fascista."
Com o crescimento e a popularização da ANL, Prestes, membros do PCB e líderes da URSS vislumbraram a possibilidade de um golpe no Brasil que substituiria o Estado varguista por um governo socialista. Com esse objetivo, foram enviados por Moscou homens de diversas partes do mundo para o Brasil. Especialistas em bombas, rádio-comunicação, revolucionários experimentados que iniciariam a revolução.
Para lidera-la, o próprio Prestes voltou ao país acompanhado por sua segurança, a agente comunista e alemã Olga Benário. Para "disfarçar", vieram para o Brasil como se fossem um casal o que, numa longa viagem, com paradas em vários países, acabou se tornando realidade, em alguns meses. Esse trecho da história é mostrado pelo filme Olga, de Jayme Monjardim.
Aos olhos dos líderes da Intentona Comunista (como acabou ficando conhecido o levante comunista em 1935) - tanto aos que aqui estavam quanto os que de Moscou arquitetavam o movimento -, o crescimento da ANL seria a porta de entrada dos ideais comunistas no Brasil. Por isso, em novembro de 1935, os comunistas iniciaram em Natal, Recife e Rio de Janeiro sua tentativa de chegar ao poder.
A rápida ação da repressão e a falta do tão esperado apoio popular contribuíram para o fracasso do levante que também se deveu, em parte, à falta de organização por parte dos líderes, à eficiência dos agentes do serviço secreto, à supervalorização que os comunistas deram à ANL e, segundo alguns autores, à infiltração e traição de alguns dos envolvidos.
Com o malogro do levante, Prestes foi preso em 1936 e ficou na cadeia até 1945. Já sua companheira, Olga, judia, alemã, comunista e grávida, foi enviada para a Alemanha nazista onde morreu em 1942."
Jackson Farias
Do Colégio Stockler

COLUNA PRESTES

"A Coluna Miguel Costa Prestes, mais conhecida como Coluna Prestes, foi um movimento liderado por militares, que faziam oposição à República Velha e às classes dominantes na época. Teve início em abril de 1925, no governo de Artur Bernardes (1922-1926).
No início da década de XX, o Brasil vivia sob o domínio das oligarquias rurais e setores médios urbanos, como os militares, por exemplo, começaram a questionar este poder e a pressionar por mais investimentos nas forças armadas.
O primeiro levante militar ocorreu no Rio de Janeiro, liderado pelos tenentes do exército, que ficou conhecido como Tenentismo. Em 1924, surgiu uma nova rebelião, desta vez em São Paulo. Depois de muitos combates contra as tropas fiéis ao governo, os revoltosos se refugiaram no interior do Estado.
Enquanto isso, Luís Carlos Prestes, também militar, organizava outro grupo no Rio Grande do Sul. Em abril de 1925, as duas frentes de oposição, a Paulista liderada por Miguel Costa, e a Gaúcha, por Prestes, uniram-se em Foz do Iguaçu e partiram para uma caminhada pelo Brasil.
Com aproximadamente mil e quinhentos homens, a Coluna Prestes percorreu 25.000 quilômetros. Durante dois anos e meio atravessou 11 estados. Do sul, o grupo rumou para centro-oeste do país, percorreu o nordeste, até o estado do Maranhão. Na volta, os combatentes refizeram o caminho, até chegar à fronteira com Bolívia.
Nas cidades por onde passava, a Coluna Prestes despertava apoio da população e a atenção dos coronéis, que também eram alvo das críticas do movimento. Sempre vigiados por soldados do governo, os revoltosos evitavam confrontos diretos com as tropas, por meio de táticas de guerrilha.
Por meio de comícios e manifestos, a Coluna denunciava à população a situação política e social do país. Num primeiro momento, não houve muitos resultados, porém o Movimento ajudou a balançar as bases, já enfraquecidas, do sistema oligárquico e a preparar caminho para a Revolução de 1930.
Luís Carlos Prestes tornou-se o ícone desta Marcha, ficando conhecido como “O cavaleiro da esperança”. Ele não foi o principal líder da Coluna. Quem tomou a frente do percurso foi Miguel Costa. Mas Prestes era o idealizador, aquele que alimentava o sentimento de liberdade política, voto secreto e justiça social.
Em fevereiro de 1927, a Coluna chegou à Bolívia, onde se desfez. Muitos combatentes se exilaram ali mesmo. Prestes foi para Rússia e, posteriormente, voltou ao país como um dos líderes do Partido Comunista Brasileiro (PCB)."

MOVIMENTO OPERÁRIO NO BRASIL



MOVIMENTO OPERÁRIO NO BRASIL
Em 1917 eclodiu no Brasil a manifestação operária de impacto nacional orientada por organizações sindicais e partidos operários. O movimento não tinha caráter apenas reivindicatório, mas também revolucionário, ou seja, visava a transformação do sistema de governo. A greve geral de 1917 conseguiu paralisar São Paulo e o Rio de Janeiro e obter o atendimento de grande parte das reivindicações. Deu ânimo aos movimentos operários. Nos quatro anos seguintes, greves parciais pipocaram em diversas cidades brasileiras.
A greve geral ocorreu num momento peculiar: em meio à I Guerra Mundial, no mesmo ano em que a Revolução Russa chocava o mundo e poucos meses antes da implantação do regime socialista na Rússia. No Brasil, não foi a primeira greve; desde 1889, ocorreram vários movimentos parciais, restritos a determinadas fábricas e oficinas, em geral motivados por reivindicações econômicas. Ainda que esparsas, essas tentativas contribuíram para a organização de um movimento operário: em 1890 foi fundado o Partido Operário e, no ano seguinte, o Partido Anarquista. Até 1920, os anarquistas dominaram os movimentos e organizações operárias; elas eram fortes na Espanha e na Itália, países de origem de um grande número de imigrantes.
O movimento operário foi crescendo à medida que aumentava a industrialização do país. Em seus primórdios, esta se deu em condições bastantes desfavoráveis para os trabalhadores: a remuneração do trabalho era reduzida sempre que as empresas enfrentavam alguma crise ou sempre que havia muita oferta de mão-de-obra; as condições de trabalho eram extremamente precárias e as jornadas muito longas, mesmo para crianças; não havia nenhum tipo de previdência social; os salários eram baixos.
A greve de 1917 começou em São Paulo entre os operários de uma fábrica têxtil que reivindicavam aumento de 20% nos salários. A partir daí foi ganhando a adesão de outros trabalhadores, já que pela primeira vez unificaram-se as reivindicações. Um mês depois já eram 20 mil os grevistas, combatidos com violência pela polícia, o que só fez aumentar a solidariedade de outros trabalhadores. Bondes, iluminação, padarias, comércio em geral, todos esses setores aderiram, e a burguesia paulistana foi tomada pelo pânico. A radicalização aumentou de parte a parte e a greve só foi suspensa no dia 15 de julho, depois que uma comissão de jornalista resolveu servir de intermediária, promovendo um acordo em que os operários conseguiram seus intentos.
Em termos, pois quatro dias depois recomeçou a agitação, uma vez que muitos patrões não cumpriram o acordo. Dessa vez, as paralisações não se limitaram a São Paulo e pipocaram no Rio de Janeiro, em Curitiba e muitas outras cidades. Em agosto havia 70 mil grevistas por todo o país, número extremamente alto quando se considera o número reduzido de operários industriais no Brasil de então. Nos dois anos seguintes, as greves foram ainda uma constante, mas pouco a pouco o movimento foi perdendo o ímpeto. A partir de 1922, os movimentos reivindicatórios passaram a ser feitos por outros que não operários, com o crescimento das sedições políticas de caráter nacional.
A primeira greve operária conhecida entre nós (vitoriosa por sinal) ocorreu em 1858 no Rio de Janeiro, e mobilizou os tipógrafos dos jornais Correio Mercantil e Jornal do Comércio.
No plano estritamente social, alguns levantamentos apontam para a ocorrência de 41 manifestações operárias no Rio de Janeiro entre 1908 e 1916. Essas ações, capitaneadas sobretudo pelos trabalhadores de origem anarquista, galvanizava os operários têxteis, gráficos, marmoristas, cafés e bares. O movimento de 1917 resulta justamente do acúmulo de forças realizado nos anos anteriores.

TEMPOS MODERNOS
(Milton Nascimento e Fernando Brant)
O Brasil dos novecentos
é terra de novidade.
Automóvel e cinema
tomam conta da cidade
que cresce ouvindo disco
voando de aeroplano
trabalhando lá na fábrica
ou jogando futebol

A greve invade as ruas
toma conta de São Paulo
e o sonho anarquista
se mistura a outros sonhos:
o que segue com a Coluna
riscando o chão do país
e o que vira modernista
e faz a arte feliz
A liberdade e o novo
convivem no sonho do povo.

Versos distribuídos nas fábricas, sem indicação de autor, publicados no jornal “A Plebe”:
Quem de três tira noventa
Adivinhem quanto fica?
Esta conta é que atormenta
Que enfeza, que mortifica
Os pobres dos proletários.
Neste jogo de entremez
Ganham seis mil réis diários
Gastam trezentos por mês (...)
Custa a casa cento e tantos,
O sapato custa trinta
Roupa, nem se sabe quantos
O vendeiro não se finta (...)
A feira só para os ricos
O armazém para os ricaços
Se houvesse ao menos uns “bicos”
Tivéssemos quatro braços ...
Trabalha-se o dia inteiro,
À noite cai-se no chão.
Esta vida sem dinheiro
Não é de fome, é de cão!
Postado por MOVIMENTO CULTURAL

terça-feira, 12 de abril de 2011

Principais filósofos do ABSOLUTISMO





Nicolau Maquiavel (1469-1527),O Príncipe
# governo forte, livre da influência da Igreja
# uso dos meios para atingir o poder
#utilizar meios legais ou ilícitos para se conservar no poder.
# O príncipe deve ser “um lobo em pele de carneiro”.
# Para Maquiavel a mentira e a traição eram minimi¬zadas porque “os fins justificam os meios”.

Jean Bodin (1530-1596) e Jacques Bossuet (1627-1704) Teoria do Direito Divino.
# A autoridade real é vontade divina = o rei era um homem predestinado por Deus para governar o mundo.
# Deus paira sobre o Universo e o rei paira sobre os homens e somente a Deus o rei presta contas.
# Desobedecer ao rei = é desobedecer a Deus.

Thomas Hobbes = “o homem é o lobo do próprio homem”
# o poder absoluto do rei = a única forma de promover a paz entre os homens e a segurança dos gover¬nados.
# Os homens deixados à própria sorte e às disputas de interesses particulares = o caos através de guerras sem fim.

ABSOLUTISMO


SÉCULO XIV = processo de Centralização Política nas mãos do rei.
SÉCULO XVI = Nações européias = Estados Modernos.
(REI + BURGUESIA) X NOBREZA

ESTADO MODERNO

MONARQUIA NACIONAL
BURGUESIA = financiaria os exércitos para o rei.
REI = criaria um sistema de pesos e medidas e moeda.

REI
Pairando acima da nobreza e da burguesia.
Usando a força ou a religião.
ABSOLUTISMO = concentração de todos os poderes nas mãos do rei.

MERCANTILISMO



Política Econômica do Estado Absolutista.
Objetivos
Poupar, lucrar e Obter o máximo de recursos para preservar o poder absoluto do Rei
Características:
Intervenção do Estado na Economia
# BALANÇA DE COMÉRCIO FAVORÁVEL = Exportar mais e importar menos;
# METALISMO = muito metal acumulado é sinal de riqueza;
# SISTEMA COLONIAL = os países europeus possuírem outras terras;
# COLÔNIAS = para fornecer metais e matéria-prima lucrativas e comprar artigos europeus.
# INTERVENCIONISMO ESTATAL = o Estado controlar todas as atividades mercantis;
# PROTECIONISMO ALFANDEGÁRIO = os países europeus impuseram altas tarifas sobre as mercadorias importadas.

terça-feira, 5 de abril de 2011

A ARMA DA PROPAGANDA

"O nazismo transformou-se praticamente em uma religião na Alemanha com a ajuda da propaganda. No comando da ofensiva, o fiel companheiro de Hitler, Paul Joseph Goebbels (1897-1945), ministro da Cultura e Propaganda.

Os meios de comunicação
Além do teatro, dos livros e das revistas, Goebbels explorou ao máximo o poder do rádio e do cinema como instrumentos de difusão em massa da ideologia nazista. Uma das frases atribuídas a ele era a de que "uma mentira repetida mil vezes torna-se uma verdade". Ele se referia justamente à propaganda política em geral. Para os nazistas, a frase era realmente verdadeira, pois, com a liberdade de expressão proibida, não havia no país quem pudesse contestar as ideias e as notícias veiculadas por eles.

Desfiles e símbolos
As grandiosas manifestações públicas, como os desfiles militares que criavam uma ideia de força, unidade e ordem, também tiveram um papel importante. Exaltavam o pretenso heroísmo alemão e a superioridade ariana (do povo germânico). Os nazistas misturaram símbolos tradicionais da cultura alemã, como a música grandiosa de Richard Wagner e compositores menores (como o compositor de marchas militares Horst Wessel), a elementos místicos – a suástica (símbolo hindu milenar que representa boa sorte) e estandartes com o emblema da águia (símbolo antiquíssimo de poder e visão).

O culto ao líder
A propaganda criou um culto em torno de Hitler. O Führer era mostrado como um deus infalível. Era saudado com o braço direito levantado a 45 graus, a mão espalmada com os dedos unidos e a expressão "Heil, Hitler!" ("Salve, Hitler!"), saudação parecida com a dada ao césares da Roma antiga. E as pessoas comuns se cumprimentavam da mesma forma.

Morte inglória
Joseph Goebbels morreu depois de Adolf Hitler, em 1 ou 2 de abril de 1945. Ao chegar ao bunker (abrigo fortificado) de Hitler, os soldados e jornalistas soviéticos encontraram um corpo que tinha acabado de ser incinerado. Concluíram que era o de Goebbels, não só pelo que restou das feições como pela gravata amarela do Partido Nazista e o broche em forma de suástica. Goebbels deu cianureto a suas cinco filhas e à mulher e depois se suicidou. A cremação de seu corpo teria servido para não deixar sinais de sua morte."

ANTISSEMITISMO



Uma das providências do III Reich foi a publicação, em 1935, das Leis de Nuremberg, que proibiam os judeus de, por exemplo, frequentar escolas públicas e os alemães de se casar com judeus ou mesmo fazer compras em lojas pertencentes a judeus. Obras de cientistas e intelectuais, judeus ou não, como Karl Marx (1818-1883), Albert Einstein (1879-1955) e o escritor Franz Kafka (1883-1924), foram queimadas em praça pública.

Mais tarde, durante a guerra, os nazistas poriam em prática o que chamaram de "solução final" para o povo judeu: o extermínio em massa em dezenas de campos de concentração espalhados pela Europa ocupada. Os mais temidos campos da morte eram Auschwitz e Treblinka.

A GRANDE DEPRESSÃO

"A partir de 1930, a crise da economia norte-americana afetou os países europeus. A queda dos preços das matérias-primas, dos produtos agrícolas e das exportações europeias aos Estados Unidos provocaram a quebra de numerosos bancos e o fechamento de empresas na Europa e na América. No Brasil, as exportações de café caíram drasticamente, uma vez que os norte-americanos eram os maiores compradores do produto. Alguns países adotaram uma política de intervenção do Estado na economia para amenizar os efeitos da crise. O único país que escapou dos efeitos do crack de 1929 foi a União Soviética, por causa da política de isolamento (cordão sanitário) adotada pelas nações capitalistas após a Primeira Guerra Mundial.

O mal-estar social
Os efeitos da crise econômica causaram uma crise social que se manifestou no aumento de conflitos e de protestos. Milhares de pessoas, arruinadas economicamente, foram obrigadas a viver em acampamentos e eram alimentadas por organizações humanitárias. Alguns norte-americanos que perderam todo o dinheiro com a quebra da Bolsa de Nova York se suicidaram.

A busca de soluções
Para superar a crise econômica, Franklin Delano Roosevelt empreendeu, em 1933, um programa de reformas conhecido como New Deal. Em uma primeira fase, desvalorizou o dólar, diminuiu a dívida dos agricultores e reduziu a produção de excedentes agrícolas mediante subvenções. Posteriormente, criou novos complexos industriais e começou um programa de construção de obras públicas para reduzir o desemprego. Finalmente, garantiu o direito de greve e instituiu o seguro-desemprego e seguros de invalidez e de velhice. Impulsionador do New Deal, Roosevelt, que vencera as eleições presidenciais norte-americanas de 1932 pelo Partido Democrata, foi reeleito em 1936, 1940 e 1944."

PARA LEMBRAR:
"O New Deal, que literalmente significa 'nova partilha', consistiu na substituição do liberalismo econômico clássico de Adam Smith, no qual o Estado não pode intervir na economia, por um sistema misto, de respeito à iniciativa privada, mas com a intervenção do Estado nos assuntos econômicos, além de uma forte política social."

O CRACK DA BOLSA DE VALORES

Em 24 de outubro de 1929, conhecido como Quinta-feira Negra, as ações da Bolsa de Nova York começaram a cair lentamente. Uma tendência constante provocada pela decisão dos especuladores de vender suas ações a fim de recuperar o dinheiro investido com grande lucro. O crescimento das vendas diminuiu o valor das ações. Sem conseguir conter a queda da Bolsa, os acionistas começaram a vender para perder o mínimo. Em alguns meses, as principais ações da Bolsa perderam até 90% de seu valor.

A prosperidade econômica e as causas da crise

A insistência dos empresários norte-americanos em manter o mesmo ritmo de produção alcançado durante a Primeira Guerra ocasionou a crise. Além disso, o governo – que adotava uma política liberal – não interferia na produção. Mesmo no período anterior à crise, o aumento do nível de vida não atingiu todos os norte-americanos. O grande desemprego entre os operários e a ruína de numerosos agricultores, devido à saturação de mercado e à queda das exportações, foram os primeiros sinais da crise que avançava. A quebra da Bolsa em 1929 foi o estopim de uma crise geral da economia norte-americana, causada pela superprodução e pelo subconsumo, com desdobramentos sociais e políticos.

A crise econômica

O crack da Bolsa de Valores de Nova York provocou uma profunda crise econômica. As pessoas não conseguiam pagar as dívidas, causando a quebra de milhares de bancos e o fechamento do comércio. Ao mesmo tempo, diminuiu a produção industrial e aumentou o desemprego que, em 1933, alcançou cerca de 14 milhões de norte-americanos.

O AMERICAN WAY OF LIFE


Os felizes anos 20
"Nos Estados Unidos, os felizes anos 20 (1924-1929) foram marcados pela prosperidade econômica. A melhora do nível de vida foi alcançada graças à espetacular evolução da técnica, à organização do trabalho, ao desenvolvimento das indústrias química, mecânica e elétrica, à concentração de empresas, ao consumismo acelerado e ao crescimento industrial norte-americano, estimulado pelo forte protecionismo.
O american way of life (ou 'estilo de vida americano') foi desenvolvido na década de 20, amparado pelo bem-estar econômico que desfrutavam os Estados Unidos. O sinal mais significativo deste way of life é o consumismo, materializado na compra exagerada de eletrodomésticos e veículos."