domingo, 6 de novembro de 2011

FERNANDO COLLOR DE MELLO (1989 – 1992)

A expressão "caçador de marajás" e “pai dos descamisados.” foram usadas como slogans de Collor nas eleições de 1989, as primeiras diretas para presidente depois do regime militar. em disputa com Lula no segundo turno, Collor saiu vencedor: "Collor - Vitória num país dividido”. Instalado o novo governo, o país foi surpreendido com o mais traumático de todos os planos econômicos – PLANO BRASIL NOVO (Plano Collor) aquele que confiscou a poupança e a conta-corrente dos brasileiros, além de implantar uma política de privatizações. Seu programa de governo, foi divulgado sistematicamente pela mídia há pelo menos um ano e afundou em pouco tempo, uma vez que não apenas a inflação não diminuiu, como a profunda e desorganizada intervenção do governo jogou a economia na recessão e confundiu a administração. O Plano Collor foi um fiasco na missão de acabar com a inflação no Brasil.
Em maio de 1992, Collor recebe as denúncias de Pedro Collor, seu próprio irmão. Veio a público o esquema de corrupção organizado pelo tesoureiro de campanha do presidente, Paulo César Farias, o PC. PC nomeou, demitiu e influenciou as decisões do governo. Comandando um esquema de poder paralelo, traficou influência e desviou recursos públicos, como ficaria provado por uma série de documentos revelados pela imprensa na época.
A população foi às ruas pedir a saída do presidente, através de movimentos como os “caras-pintadas”, enquanto o Congresso e o Judiciário puseram-se à caça de Collor. Em 29 de setembro de 1992, Collor caiu, em uma votação histórica na Câmara. O "caçador de marajás" tornou-se o primeiro presidente da história política brasileira afastado em um processo de impeachment.
“O governo perdeu as estribeiras
e partiu para o vale-tudo. José Sarney, na votação do impeachment (30/9/1992)
Foi uma vitória da sociedade brasileira. A renúncia do presidente Fernando Collor e a subsequente suspensão de seus direitos políticos pareciam a catarse perfeita depois de longo período de sofrimento. O Brasil nunca vira antes tamanha desfaçatez de homens públicos. Conseguiu livrar-se de um presidente corrupto, chefe de uma quadrilha que violava a Constituição e levava o país para o abismo.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Decretos sobre o Horário de Verão no Brasil

N° 7.584 de 13/10/2011.
Dá nova redação ao art. 2º do Decreto nº 6.558, de 08/09/2008, que institui a hora de verão em parte do território nacional.
A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
N° 6.558 de 08/09/2008.
Fica instituída a hora de verão, a partir de zero hora do terceiro domingo do mês de outubro de cada ano, até zero hora do terceiro domingo do mês de fevereiro do ano subseqüente, em parte do território nacional, adiantada em sessenta minutos em relação à hora legal.
No ano em que houver coincidência entre o domingo previsto para o término da hora de verão e o domingo de carnaval,o encerramento da hora de verão dar-se-á no domingo seguinte.
A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
N° 6.212 de 26/09/2007.
Período: 00h de 14/10/2007 até 00h de 17/02/2008.
A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal.
N° 5.920 de 03/10/2006.
Período: 00h de 05/11/2006 até 00h de 25/02/2007.
A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal.
N° 5.539 de 19/09/2005.
Período: 00h de 16/10/2005 até 00h de 19/02/2006.
A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal.
N° 5.223 de 01/10/2004.
Período: 00h de 02/11/2004 até 00h de 20/02/2005.
A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal .
N° 4.844 de 24/09/2003 (Republicado em 26/setembro/2003 com o mesmo número).
Período: 00h de 19/10/2003 até 00h de 15/02/2004.
A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.N° 4.399 de 01/10/2002.
Período: 00h de 03/11/2002 até 00h de 16/02/2003.
A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia e Distrito Federal.
N° 3.916 de 13/09/2001.
Período: 00h de 14/10/2001 até 00h de 17/02/2002.
A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão e Distrito Federal.
N° 3.632 de 17/10/2000.
Obs.: Modifica o decreto 3.592, excluindo os estados de Sergipe, Alagoas, Paraiba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão.
N° 3.630 de 13/10/2000.
Obs.: Modifica o decreto 3.592, excluindo os estados de Pernambuco e Roraima.
N° 3.592 de 06/09/2000.
Período: 00h de 08/10/2000 até 00h de 18/02/2001.
A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Roraima e Distrito Federal.N° 3.188 de 30/09/1999.
Período: 00h de 03/10/1999 até 00h de 27/02/2000.
Obs.: Modificou o Decreto anterior, incluindo os seguintes estados : Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão e Roraima.
N° 3.150 de 23/08/1999.
Período: 00h de 03/10/1999 até 00h de 27/02/2000.
A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia e no Distrito Federal.
N° 2.780 de 11/09/1998.
Período: 00h de 11/10/1998 até 00h de 21/02/1999.
A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia e no Distrito Federal.
N° 2.495 de 10/02/1998.
Obs.: Modificou o Decreto anterior, prorrogando o final para 00h de 01 de março de 1998.
N° 2.317 de 04/09/1997.
Período: 00h de 06/10/1997 até 00h de 15/02/1998.
A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia e no Distrito Federal.
N° 2.000 de 04/09/1996.
Período: 00h de 06/10/1996 até 00h de 16/02/1997.
A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia e no Distrito Federal.
N° 1.674 de 13/10/1995.
Inclui: Alagoas e Sergipe no decreto anterior no 1.636 de 14/09/95.
N° 1.636 de 14/09/1995.
Período: 00h de 15/10/1995 até 00h de 11/02/1996.
A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia e no Distrito Federal.
N° 1.252 de 22/09/1994.
Período: 00h de 16/10/1994 até 00h de 19/02/1995.
A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
N° 942 de 28/09/1993.
Período: 00h de 17/10/1993 até 00h de 20/02/1994.
A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas e no Distrito Federal.
Decreto sem número de 16/10/1992
Período: 00h de 25/10/1992 até 00h de 31/01/1993
A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
Decreto sem número de 25/09/1991
Período: 00h de 20/10/1991 até 00h de 09/02/1992.
A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
N° 99.629 de 19/10/1990.
Período: 00h de 21/10/1990 até 00h de 17/02/1991.
Inclui: Bahia e Mato Grosso no decreto 99.530 de 17/09/1990.
N° 99.530 de 17/09/1990.
Período: 00h de 21/10/1990 até 00h de 17/02/1991.
A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
N° 98.077 de 21/08/1989.
Período: 00h de 15/10/1989 até 00h de 11/02/1990.
A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernanbuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Ilhas Oceânicas e no Distrito Federal.
N° 96.676 de 12/09/1988.
Período: 00h de 16/10/1988 até 00h de 29/01/1989.
A hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espirito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão, no Distrito Federal, no Território de Fernando de Noronha e nas Ilhas Oceânicas.
N° 94.922 de 22/09/1987.
Período: 00h de 25/10/1987 até 00h de 07/02/1988.
Obs.: Todo o Território Nacional.
N° 93.316 de 01/10/1986.
Período: 00h de 25/10/1986 até 00h de 14/02/1987.
Obs.: Todo o Território Nacional.
N° 92.463 de 13/03/1986.
Período: Término do HV à 00h de 15/03/1986.
Obs.: Antecipa término do Horário de Verão.

N° 92.310 de 21/01/1986.
Período: Término do HV à 00h de 29/03/1986.
Obs.: Prorroga término do Horário de Verão.
N° 91.698 de 27/09/1985.
Período: 00h de 02/11/1985 até 00h de 01/03/1986.
Obs.: Todo o Território Nacional.
N° 63.429 de 15/10/1968.
Obs.: Revoga Decreto 57.843.
N° 57.843 de 18/02/1966.
Período: 00h de 01/11 de cada ano até 00h de 01/03 do ano seguinte.
Obs.: Antecipa término do HV para 01/03/1966, ao invés de 31/03/1966.
N° 57.303 de 22/11/1965.
Período: 24h de 30/11/1965 até 00h de 31/03/1966.
Obs.: Todo o Território Nacional.
N° 55.639 de 27/01/1965.
Período: 00h de 31/01/1965 até 00h de 31/03/1965.
Obs.: Todo o Território Nacional.
N° 53.604 de 25/02/1964.
Período: Término do Horário de Verão - 00h de 01/03/1964.
Obs.: Revoga Decreto 53.071. Início de Período Escolar.
N° 53.071 de 03/12/1963.
Período: 00h de 09/12/1963 até 00h de 31/03/1964.
Obs.: Estende Decreto anterior a todo Território Nacional.
N° 52.700 de 18/10/1963.
Período: 00h de 23/10/1963 até 00h de 29/02/1964.
Obs.: Somente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Guanabara, Minas Gerais e Espírito Santo, devido ao prolongamento da estiagem.
N° 34.724 de 30/11/1953.
Período:
Obs.: Revoga Decretos anteriores n° 27.496, 27.998 e 32.308.
N° 32.308 de 24/02/1953.
Período: 00h de 01/12 de cada ano, até o último dia de fevereiro do ano seguinte.
Obs.: Modificou o Decreto anterior, antecipando o final para o último dia de fevereiro do ano seguinte.
N° 27.998 de 13/04/1950.
Período: 00h de 01/12 de cada ano, até 31/03 de ano seguinte.
Obs.: Modificou o Decreto anterior, antecipando o término do período para 16/04, ao invés de 30/04/1950.
N° 27.496 de 24/11/1949.
Período: 00h de 01/12/1949 até 00h de 30/04/1950.
Obs.: Todo o Território Nacional.
N° 23.195 de 10/10/1933.
Obs.: Revoga os dois Decretos anteriores.
N° 21.896 de 01/10/1932.
Período: 00h de 03/10/1932 até 24h de 31/03/1933.
Obs.: Todo o Território Nacional. Modifica Decreto 20.466.
Nº 20.466 de 01/10/1931.
Período: 11h de 03/10/1931 até 24h de 31/03/1932.
Obs.: Todo o Território Nacional.

HORÁRIO DE VERÃO


"Regiões que adotam o horário de verão (azul), que já adotaram e não adotam mais (laranja) e que nunca adotaram (vermelho).
Regiões que adotam o horário de verão (azul), que já adotaram e não adotam mais (laranja) e que nunca adotaram (vermelho).
Horário de verão ou DST (Daylight Saving Time) é a prática de adiantar o relógio em uma hora. O horário de verão foi Idealizado por Benjamin Franklin, em 1784, nos Estados Unidos. A intenção de Franklin era aproveitar a luz natural durante os dias mais longos do ano. No entanto, o governo americano não gostou da ideia. O primeiro país a adotar oficialmente o DST foi a Alemanha, durante a Primeira Guerra Mundial.
O objetivo do horário de verão é a economia do consumo de energia por meio do melhor aproveitamento da luz natural do dia. Assim, a prática reduz a demanda em períodos considerados como “horários de ponta” (das 18 às 21h), onde o consumo é bem maior. No Brasil, o horário de verão foi instituído pela primeira vez no verão de 1931/1932. Em 1985, depois de 18 anos sem sua instituição, a prática de adiantar os relógios em uma hora foi novamente adotada em razão da queda do nível de água nos reservatórios das hidrelétricas. Após esse período, o horário de verão passou a ocorrer em todos os anos.
Por meio do aproveitamento da luz natural, obtém-se uma redução de 4 a 5% no consumo de energia elétrica, o que faz com que o país não sofra com problemas decorrentes da falta de energia. O DST se inicia no verão pelo fato de a estação ser a mais quente e a que mais provoca o aumento do consumo de eletricidade: refrigeração, condicionamento de ar, ventilação etc., além de apresentar os dias mais longos que as noites.
O horário é adotado em toda a Europa, na maior parte da América do Norte e Austrália. A medida é mais eficaz nas regiões distantes da linha do Equador, já que nesta estação os dias são mais longos e as noites mais curtas. Nas regiões próximas ao Equador, o horário de verão traz poucos benefícios, pois os dias e as noites têm duração igual ao longo do ano.
Embora proporcione a redução do consumo, o horário de verão é visto por muitos como algo relativamente desnecessário e prejudicial à saúde, já que altera o relógio biológico das pessoas, provocando uma mudança brusca nos ritmos do organismo humano que, normalmente, estão sincronizados entre si, seguindo uma ordem temporal interna.
O horário de verão (2011/2012) iniciará no dia 16 de outubro de 2011 e terminará no dia 26 de fevereiro de 2012. As Regiões brasileiras que adotam esse horário são: Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal), Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro) e Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
Em 2011, o Estado da Bahia participará do horário de verão para se manter alinhado ao horário de Brasília, esta adesão foi solicitada pelo governador do estado, Jaques Wagner." (http://www.brasilescola.com/geografia/horario-verao.htm)
NO BRASIL tivemos Horário de Verão:
= 1931 a 1932;
= 1949 a 1953;
= 1963 a 1966;
= 1985 até hoje.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

CORÉIA HOJE

"apesar da vontade popular, hoje os dois países (Coréia do Norte e do Sul) estão mais próximos de um conflito do que de uma aproximação. Isso por que, no momento, a Coreia do Norte ameaça toda a comunidade internacional com testes de armas nucleares e mísseis balísticos. "Há potencial, sim, de que seja iniciado um conflito na região. O governo de Pyongyang é muito isolado e hoje não há nenhum interlocutor que possa negociar com o país. Muitos analistas descartam essa possibilidade por acreditarem que é insano para a Coreia do Norte entrar em um conflito que não pode sustentar. Porém, não se pode descartar essa possibilidade", afirma Alexandre Uehara. O cientista político ainda explica que o governo norte-coreano está usando seu arsenal bélico para ganhar poder na região e que pode tentar exigir mais regalias nas negociações com outros países. "O país é muito pobre, sua população passa fome. Por isso, a Coreia do Norte depende muito da ajuda internacional, principalmente da China e do Japão. E é possível que a nação tente usar seu poder nuclear para barganhar por mais privilégios e até pela possibilidade de negociar diretamente com os Estados Unidos", diz. Porém, se as conversações não trouxerem resultados e os norte-coreanos inciarem uma guerra, o perigo é que ele não fique restrito apenas à Ásia. "Se houvesse o conflito, a China provavelmente se colocaria ao lado do norte, enquanto os Estados Unidos defenderiam o Sul. Seria a terceira maior economia do mundo enfrentando a primeira, o que traria consequências para todo o mundo. Além disso, poderiam se envolver também Rússia, Índia e Paquistão, colocando o Oriente Médio dentro do conflito", diz Alexandre Uehara.
Apesar de tudo isso, será possível imaginar que um dia as Coreias possam se reunificar? No momento, não há nenhum indício de que isso venha a acontecer, mas se a divisão chegasse ao fim, traria vantagem para os dois países. Na conjuntura atual, quem ganharia mais seria a população norte-coreana. "Para se ter uma ideia da diferença econômica entre os dois países, a renda per capita do sul é de 16 mil dólares ano ano. No norte, está em apenas 600 dólares ", explica Alexandre Uehara. Ou seja, para uma nação em dificuldades, unir-se a uma economia emergente poderia ser a salvação. Por outro lado, para os sul-coreanos a unificação significaria paz e maior representatividade na região. "Atualmente, a Coreia do Sul e os países da região vivem sob o perigo constante de um ataque norte-coreano. Se Seul conseguisse eliminar essa ameaça, conquistaria um status mais interessante frente à comunidade internacional", afirma o professor."

GUERRA DA CORÉIA

"A história da divisão das duas Coreias remonta ao fim da Segunda Guerra Mundial. Desde 1910, o território era ocupado pelos japoneses, que se renderam após a explosão das bombas atômicas. Com a derrota, a Coreia foi dividida entre soviéticos e americanos, exatamente no paralelo 38. A parte que ficava acima da linha imaginária ficou a cargo da União Soviética. Já os coreanos que viviam abaixo da linha passaram para as mãos dos norte-americanos. Em 1948, foram instaurados novos governos nos dois países. Porém, nenhum dos territórios estava feliz com a divisão e ambos queriam controle sobre o país. Em 1950, China e União Soviética ajudaram os norte-coreanos a invadir a Coreia do Sul. Tropas americanas enviaram socorro ao seu território de influência, dando início à Guerra da Coreia. O conflito durou até 1953, quando foi assinado um armistício.

De 1948 até 1980, a Coreia do Norte foi comandada pelo militar Kim Il-Sung, quando o general passou o controle do país a seu filho Kim Jong-Il, que continua no poder. Sob seu comando, a Coreia do Norte permanece como um país socialista dos mais fechados e repressivos do mundo. O governo controla a mídia e impede até que seus cidadãos saiam do país. Hoje, a economia da Coreia do Norte é desastrosa. Com o fim da União Soviética e a falta de parceiros comerciais, o país entrou em uma grave recessão. Enquanto isso, a Coreia do Sul passou por regimes militares ditatoriais por 20 anos e, atualmente, novamente uma república democrática, é um país em rápido desenvolvimento. Apesar de terem se tornado dois países tão diferentes, a separação das Coreias ainda é recente e, para a população civil, o sonho é de um país unificado. "Muitas famílias foram separadas com a divisão do país, mas há um interesse das pessoas em se reaproximar. Desde 2002, os dois governos fizeram acordos que permitiram a viagem de algumas pessoas entre os dois países para se reencontrar", conta Alexandre Uehara, professor de relações internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco e membro do Grupo de Análise da Conjuntura Internacional da USP."

segunda-feira, 25 de abril de 2011

ESTEREÓTIPO

"Estereótipo é a imagem preconcebida de determinada pessoa, coisa ou situação. São usados principalmente para definir e limitar pessoas ou grupo de pessoas na sociedade. Sua aceitação é ampla e culturalmente difundida no ocidente, sendo um grande motivador de preconceito e discriminação.
Conceito infundado sobre um determinado grupo social, atribuindo a todos os seres desse grupo uma característica, frequentemente depreciativa; modelo irrefletido, imagem preconcebida e sem fundamento.
O Estereótipo também é muito usado em Humorismo como manifestação de racismo, homofobia, xenofobia, machismo e intolerância religiosa. É muito mais aceito quando manifestado desta forma, possuindo salvo-conduto e presunção de inocência para atingir seu objetivo."

POPULISMO - BRASIL



ELEIÇÕES DE 1930

EXPANSÃO MARÍTIMA DO SÉCULO XV


sábado, 23 de abril de 2011

Expansão marítima portuguesa

"Portugal foi a primeira nação a realizar a expansão marítima. Além da posição geográfica, de uma situação de paz interna e da presença de uma forte burguesia mercantil; o pioneirismo português é explicado pela sua centralização política que, como vimos, era condição primordial para as Grandes Navegações.
A formação do Estado Nacional português está relacionada à Guerra de Reconquista - luta entre cristãos e muçulmanos na península Ibérica.
A primeira dinastia portuguesa foi a Dinastia de Borgonha ( a partir de 1143 ) caracterizada pelo processo de expansão territorial interna.
Entre os anos de 1383 e 1385 o Reino de Portugal conhece um movimento político denominado Revolução de Avis -movimento que realiza a centralização do poder político: aliança entre a burguesia mercantil lusitana com o mestre da Ordem de Avis, D. João. A Dinastia de Avis é caracterizada pela expansão externa de Portugal: a expansão marítima.
Etapas da expansão
A expansão marítima portuguesa interessava à Monarquia, que buscava seu fortalecimento; à nobreza, interessada em conquista de terras; à Igreja Católica e a possibilidade de cristianizar outros povos e a burguesia mercantil, desejosa de ampliar seus lucros.
A seguir, as principais etapas da expansão de Portugal:
1415 -tomada de Ceuta, importante entreposto comercial no norte da África;
1420 -ocupação das ilhas da Madeira e Açores no Atlântico;
1434 -chegada ao Cabo Bojador;
1445 -chegada ao Cabo Verde;
1487 -Bartolomeu Dias e a transposição do Cabo das Tormentas;
1498 -Vasco da Gama atinge as Índias ( Calicute );
1499 -viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil."

EXPANSÃO MARÍTIMA DO SÉCULO XV

FATORES QUE PROVOCARAM A EXPANSÃO
- Centralização Política: Estado Centralizado reuniu riquezas para financiar a navegação;
- O Renascimento: Permitiu o surgimento de novas idéias e uma evolução técnica;
- Objetivo da Elite da Europa Ocidental em romper o monopólio Árabe-Italiano sobre as mercadorias orientais;
- A busca de terras e novas minas (ouro e prata) com o objetivo de superar a crise do século XIV;
- Expandir a fé;
OBJETIVOS DA EXPANSÃO
- Metais;
- Mercados;
- Especiarias (Noz Moscada, Cravo...)
- Terras;
- Fiéis;
PIONEIRISMO PORTUGUÊS
- Precoce centralização Política;
- Domínio das Técnicas de Navegação (Escola de Sagres) *
- Participação da Rota de Comércio que ligava o mediterrâneo ao norte da Europa;
- Capital (financiamento de Flandres);
- Posição Geográfica Favorável;
ESCOLA DE SAGRES – Centro de Estudos Náuticos, fundado pelo infante Dom Henrique, o qual manteve até a sua morte, em 1460, o monopólio régio do ultramar. O "Príncipe perfeito" Dom João II (1481-1495) continuou o aperfeiçoamento dos estudos náuticos com o auxílio da sua provável Junta de Cartógrafos, que teria elaborado em detalhe o plano de pesquisa do caminho marítimo para as índias.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

51 ANOS DE BRASÍLIA (apelidada de Disney brasileira)


"Brasília vulgo BSB, é a maior cidade do interior de Goiás. Ela está localizada na Fazenda Distrito Federal de propriedade da família Roriz-cida. Foi construída durante o governo de Juscelino Kubitschek, presidente com quem todos os atuais presidentes querem se comparar, na tentativa de chegar perto de um mineiro safado que conseguiu fazer a maior obra superfaturada da história e ainda ser reconhecido como "estadista".
Brasília, também conhecida pelos locais como "BRASILA" ou "BrasÓlia" (caixa alta sic), e assinada nos cheques como BSB, também é muito conhecida como o maior presídio de segurança mínima do Brasil. É lá que a cada 4 anos, cidadãos de todo o pais escolhem os ladrões mais perigosos dos seus estados para ficarem presos ( presos? ). Brasília é o lugar em que se paga caro por tudo: uma garrafa de cerveja nos bares mais pé-de-chinelo custa em torno de R$ 3,50, enquanto em outros lugares custa R$ 1,50. De vez em quando você encontra por 4 reais.
Bras-Ilha é outra denominação que faz sentido. Aqui vive a maior população de retirantes que comprou diploma só pra passar em concurso público, ganhou um trocos, mas continua ignorante do mesmo jeito e acha que virou gente. O termo também é justo em vista de ser considerada a "Ilha da Fantasia" do Brasil, sendo entrecortada constantemente pelo meio de transporte típico local que é o famoso Trem-da-Alegria."

sábado, 16 de abril de 2011

Coluna Prestes Trajetória de Prestes, da coluna à intentona comunista


"Em 5 de julho de 1922, um grupo de militares amotinados no Forte de Copacabana iniciou uma luta que marcou a história brasileira. Liderados inicialmente pelo coronel Euclides Hermes, filho do ex-presidente Marechal Hermes da Fonseca, tinham por propósito impedir a posse do presidente recém-eleito Artur Bernardes. Mas, com o decorrer da década de 20, o "Movimento Tenentista" - como ficou conhecido pela maciça participação de oficiais de baixa patente - ganhou objetivos mais amplos e um líder que figura hoje entre as principais biografias do século 20.

Luís Carlos Prestes, militar que fez carreira no Rio Grande do Sul, não participou da "Revolta dos 18 do Forte", pois, acamado estava impossibilitado de lutar contra mais um dos representantes das oligarquias que, com um modelo político baseado no poder local dos coronéis e nas fraudes eleitorais, dominavam o país.
Dois anos depois desse primeiro levante, os tenentes novamente se sublevaram em São Paulo, impondo a fuga de Carlos de Campos, Presidente do Estado (assim eram chamados os governadores durante a República Velha), para o Rio de Janeiro e assumindo o controle da cidade durante alguns dias.

Apesar do sucesso inicial dos tenentes, a Revolta Paulista de 1924 também entrou para a história por explicitar a fragilidade ideológica dos revoltos. Ainda que tivessem tomado a cidade, encontraram muitas dificuldades no relacionamento com os civis e, principalmente, na violenta repressão por parte do governo federal que, indiscriminadamente, atacou instalações militares e muitas áreas habitadas somente por civis.
As dificuldades em manter o governo da cidade e de resistir aos ataques das tropas federais resultaram na retirada dos tenentes de São Paulo que, em busca de um local que possibilitasse a reorganização do movimento, rumaram para a cidade de Foz do Iguaçu.
Foi por essa época que o então capitão Luís Carlos Prestes levantou suas tropas em Santo Ângelo no Rio Grande do Sul e se encaminhou para Foz do Iguaçu. Em 1925, com a fusão da Coluna Paulista (uma guerra de movimento que, segundo alguns historiadores, pode ser considerada uma guerra de guerrilha) e da Coluna Riograndense originou-se a Coluna Miguel Costa - Luís Carlos Prestes.
Durante três anos, os tenentes percorreram a pé e a cavalo cerca de 25.000 km. O número de integrantes da coluna variou em função das regiões por onde passou, da adesão da população oprimida pelas oligarquias e da repressão contra eles empreendida pelo governo e pelos coronéis.
Apesar de todas as dificuldades que impossibilitaram que Prestes e seus comandados atingissem seu objetivo -destituir o presidente Artur Bernardes-, a Coluna Prestes marcou época pelo seu aguerrido combate em busca de reformas políticas e sociais e, principalmente, por nunca ter sido derrotada.
Em 1927, a invencível Coluna dissolveu-se na Bolívia. Incapazes de assumir o governo, os homens de Prestes receberam do comandante, eternizado pelo apelido de Cavaleiro da Esperança, a autorização para tomarem seu próprio destino. Alguns ficaram na Bolívia, outros clandestinamente no Brasil onde foram presas fáceis da repressão governamental, mas alguns dos que voltaram se engajaram anos depois na Revolução de 1930.

Ideais comunistas
Já Luís Carlos Prestes mudou-se anos depois para a Argentina onde recebeu a visita de Agildo Barata, presidente do Partido Comunista Brasileiro.
Adepto dos ideais do Partido, Luís Carlos Prestes negou apoio à Aliança Liberal mas manifestou-se a respeito do movimento contestatório à República Oligárquica: "Mais uma vez os verdadeiros interesses populares foram sacrificados e vilmente mistificado todo um povo por uma campanha aparentemente democrática, mas que no fundo não era mais que uma luta entre os interesses contrários de duas correntes oligárquicas".
Prestes não só se recusou a participar do movimento que acabou por levar Getúlio Vargas ao poder como, anos depois, liderou um movimento que tinha por objetivo destituí-lo e implantar no país um regime nos moldes da URSS, país em que chegou em 1931. Nessa época, o cenário internacional convergia para a bipolarização ideológica.
A crise de 1929, que enfraqueceu o liberalismo e a democracia, a ascensão nazi-fascista e a consolidação soviética indicavam, como modelos a serem seguidos, a extrema direita de um lado e, do outro, o modelo soviético.
Essa radicalização ideológica atingiu em cheio o Brasil. Envolta no debate sobre a participação popular e a democratização, a sociedade brasileira cindiu-se em torno de duas propostas antagônicas.
A Ação Integralista Brasileira (AIB) professava os ideais defendidos pelo fascismo europeu, defendendo um Estado forte e intervencionista, caracterizado por um exacerbado nacionalismo.
Em contraposição à AIB foi criada a Aliança Nacional Libertadora (ANL) defensora da participação popular, do pluripartidarismo e próxima dos ideais defendidos pelo PCB. Nas palavras de Prestes, "a Aliança Nacional Libertadora é uma vasta e ampla organização de frente única nacional. O perigo que nos ameaça, o perigo que aumenta dia a dia, nos obriga a colocar em primeiro plano nos dias de hoje a criação do bloco, o mais amplo de todas as classes oprimidas pelo imperialismo, pelo feudalismo, e, portanto, pela ameaça fascista."
Com o crescimento e a popularização da ANL, Prestes, membros do PCB e líderes da URSS vislumbraram a possibilidade de um golpe no Brasil que substituiria o Estado varguista por um governo socialista. Com esse objetivo, foram enviados por Moscou homens de diversas partes do mundo para o Brasil. Especialistas em bombas, rádio-comunicação, revolucionários experimentados que iniciariam a revolução.
Para lidera-la, o próprio Prestes voltou ao país acompanhado por sua segurança, a agente comunista e alemã Olga Benário. Para "disfarçar", vieram para o Brasil como se fossem um casal o que, numa longa viagem, com paradas em vários países, acabou se tornando realidade, em alguns meses. Esse trecho da história é mostrado pelo filme Olga, de Jayme Monjardim.
Aos olhos dos líderes da Intentona Comunista (como acabou ficando conhecido o levante comunista em 1935) - tanto aos que aqui estavam quanto os que de Moscou arquitetavam o movimento -, o crescimento da ANL seria a porta de entrada dos ideais comunistas no Brasil. Por isso, em novembro de 1935, os comunistas iniciaram em Natal, Recife e Rio de Janeiro sua tentativa de chegar ao poder.
A rápida ação da repressão e a falta do tão esperado apoio popular contribuíram para o fracasso do levante que também se deveu, em parte, à falta de organização por parte dos líderes, à eficiência dos agentes do serviço secreto, à supervalorização que os comunistas deram à ANL e, segundo alguns autores, à infiltração e traição de alguns dos envolvidos.
Com o malogro do levante, Prestes foi preso em 1936 e ficou na cadeia até 1945. Já sua companheira, Olga, judia, alemã, comunista e grávida, foi enviada para a Alemanha nazista onde morreu em 1942."
Jackson Farias
Do Colégio Stockler

COLUNA PRESTES

"A Coluna Miguel Costa Prestes, mais conhecida como Coluna Prestes, foi um movimento liderado por militares, que faziam oposição à República Velha e às classes dominantes na época. Teve início em abril de 1925, no governo de Artur Bernardes (1922-1926).
No início da década de XX, o Brasil vivia sob o domínio das oligarquias rurais e setores médios urbanos, como os militares, por exemplo, começaram a questionar este poder e a pressionar por mais investimentos nas forças armadas.
O primeiro levante militar ocorreu no Rio de Janeiro, liderado pelos tenentes do exército, que ficou conhecido como Tenentismo. Em 1924, surgiu uma nova rebelião, desta vez em São Paulo. Depois de muitos combates contra as tropas fiéis ao governo, os revoltosos se refugiaram no interior do Estado.
Enquanto isso, Luís Carlos Prestes, também militar, organizava outro grupo no Rio Grande do Sul. Em abril de 1925, as duas frentes de oposição, a Paulista liderada por Miguel Costa, e a Gaúcha, por Prestes, uniram-se em Foz do Iguaçu e partiram para uma caminhada pelo Brasil.
Com aproximadamente mil e quinhentos homens, a Coluna Prestes percorreu 25.000 quilômetros. Durante dois anos e meio atravessou 11 estados. Do sul, o grupo rumou para centro-oeste do país, percorreu o nordeste, até o estado do Maranhão. Na volta, os combatentes refizeram o caminho, até chegar à fronteira com Bolívia.
Nas cidades por onde passava, a Coluna Prestes despertava apoio da população e a atenção dos coronéis, que também eram alvo das críticas do movimento. Sempre vigiados por soldados do governo, os revoltosos evitavam confrontos diretos com as tropas, por meio de táticas de guerrilha.
Por meio de comícios e manifestos, a Coluna denunciava à população a situação política e social do país. Num primeiro momento, não houve muitos resultados, porém o Movimento ajudou a balançar as bases, já enfraquecidas, do sistema oligárquico e a preparar caminho para a Revolução de 1930.
Luís Carlos Prestes tornou-se o ícone desta Marcha, ficando conhecido como “O cavaleiro da esperança”. Ele não foi o principal líder da Coluna. Quem tomou a frente do percurso foi Miguel Costa. Mas Prestes era o idealizador, aquele que alimentava o sentimento de liberdade política, voto secreto e justiça social.
Em fevereiro de 1927, a Coluna chegou à Bolívia, onde se desfez. Muitos combatentes se exilaram ali mesmo. Prestes foi para Rússia e, posteriormente, voltou ao país como um dos líderes do Partido Comunista Brasileiro (PCB)."

MOVIMENTO OPERÁRIO NO BRASIL



MOVIMENTO OPERÁRIO NO BRASIL
Em 1917 eclodiu no Brasil a manifestação operária de impacto nacional orientada por organizações sindicais e partidos operários. O movimento não tinha caráter apenas reivindicatório, mas também revolucionário, ou seja, visava a transformação do sistema de governo. A greve geral de 1917 conseguiu paralisar São Paulo e o Rio de Janeiro e obter o atendimento de grande parte das reivindicações. Deu ânimo aos movimentos operários. Nos quatro anos seguintes, greves parciais pipocaram em diversas cidades brasileiras.
A greve geral ocorreu num momento peculiar: em meio à I Guerra Mundial, no mesmo ano em que a Revolução Russa chocava o mundo e poucos meses antes da implantação do regime socialista na Rússia. No Brasil, não foi a primeira greve; desde 1889, ocorreram vários movimentos parciais, restritos a determinadas fábricas e oficinas, em geral motivados por reivindicações econômicas. Ainda que esparsas, essas tentativas contribuíram para a organização de um movimento operário: em 1890 foi fundado o Partido Operário e, no ano seguinte, o Partido Anarquista. Até 1920, os anarquistas dominaram os movimentos e organizações operárias; elas eram fortes na Espanha e na Itália, países de origem de um grande número de imigrantes.
O movimento operário foi crescendo à medida que aumentava a industrialização do país. Em seus primórdios, esta se deu em condições bastantes desfavoráveis para os trabalhadores: a remuneração do trabalho era reduzida sempre que as empresas enfrentavam alguma crise ou sempre que havia muita oferta de mão-de-obra; as condições de trabalho eram extremamente precárias e as jornadas muito longas, mesmo para crianças; não havia nenhum tipo de previdência social; os salários eram baixos.
A greve de 1917 começou em São Paulo entre os operários de uma fábrica têxtil que reivindicavam aumento de 20% nos salários. A partir daí foi ganhando a adesão de outros trabalhadores, já que pela primeira vez unificaram-se as reivindicações. Um mês depois já eram 20 mil os grevistas, combatidos com violência pela polícia, o que só fez aumentar a solidariedade de outros trabalhadores. Bondes, iluminação, padarias, comércio em geral, todos esses setores aderiram, e a burguesia paulistana foi tomada pelo pânico. A radicalização aumentou de parte a parte e a greve só foi suspensa no dia 15 de julho, depois que uma comissão de jornalista resolveu servir de intermediária, promovendo um acordo em que os operários conseguiram seus intentos.
Em termos, pois quatro dias depois recomeçou a agitação, uma vez que muitos patrões não cumpriram o acordo. Dessa vez, as paralisações não se limitaram a São Paulo e pipocaram no Rio de Janeiro, em Curitiba e muitas outras cidades. Em agosto havia 70 mil grevistas por todo o país, número extremamente alto quando se considera o número reduzido de operários industriais no Brasil de então. Nos dois anos seguintes, as greves foram ainda uma constante, mas pouco a pouco o movimento foi perdendo o ímpeto. A partir de 1922, os movimentos reivindicatórios passaram a ser feitos por outros que não operários, com o crescimento das sedições políticas de caráter nacional.
A primeira greve operária conhecida entre nós (vitoriosa por sinal) ocorreu em 1858 no Rio de Janeiro, e mobilizou os tipógrafos dos jornais Correio Mercantil e Jornal do Comércio.
No plano estritamente social, alguns levantamentos apontam para a ocorrência de 41 manifestações operárias no Rio de Janeiro entre 1908 e 1916. Essas ações, capitaneadas sobretudo pelos trabalhadores de origem anarquista, galvanizava os operários têxteis, gráficos, marmoristas, cafés e bares. O movimento de 1917 resulta justamente do acúmulo de forças realizado nos anos anteriores.

TEMPOS MODERNOS
(Milton Nascimento e Fernando Brant)
O Brasil dos novecentos
é terra de novidade.
Automóvel e cinema
tomam conta da cidade
que cresce ouvindo disco
voando de aeroplano
trabalhando lá na fábrica
ou jogando futebol

A greve invade as ruas
toma conta de São Paulo
e o sonho anarquista
se mistura a outros sonhos:
o que segue com a Coluna
riscando o chão do país
e o que vira modernista
e faz a arte feliz
A liberdade e o novo
convivem no sonho do povo.

Versos distribuídos nas fábricas, sem indicação de autor, publicados no jornal “A Plebe”:
Quem de três tira noventa
Adivinhem quanto fica?
Esta conta é que atormenta
Que enfeza, que mortifica
Os pobres dos proletários.
Neste jogo de entremez
Ganham seis mil réis diários
Gastam trezentos por mês (...)
Custa a casa cento e tantos,
O sapato custa trinta
Roupa, nem se sabe quantos
O vendeiro não se finta (...)
A feira só para os ricos
O armazém para os ricaços
Se houvesse ao menos uns “bicos”
Tivéssemos quatro braços ...
Trabalha-se o dia inteiro,
À noite cai-se no chão.
Esta vida sem dinheiro
Não é de fome, é de cão!
Postado por MOVIMENTO CULTURAL

terça-feira, 12 de abril de 2011

Principais filósofos do ABSOLUTISMO





Nicolau Maquiavel (1469-1527),O Príncipe
# governo forte, livre da influência da Igreja
# uso dos meios para atingir o poder
#utilizar meios legais ou ilícitos para se conservar no poder.
# O príncipe deve ser “um lobo em pele de carneiro”.
# Para Maquiavel a mentira e a traição eram minimi¬zadas porque “os fins justificam os meios”.

Jean Bodin (1530-1596) e Jacques Bossuet (1627-1704) Teoria do Direito Divino.
# A autoridade real é vontade divina = o rei era um homem predestinado por Deus para governar o mundo.
# Deus paira sobre o Universo e o rei paira sobre os homens e somente a Deus o rei presta contas.
# Desobedecer ao rei = é desobedecer a Deus.

Thomas Hobbes = “o homem é o lobo do próprio homem”
# o poder absoluto do rei = a única forma de promover a paz entre os homens e a segurança dos gover¬nados.
# Os homens deixados à própria sorte e às disputas de interesses particulares = o caos através de guerras sem fim.

ABSOLUTISMO


SÉCULO XIV = processo de Centralização Política nas mãos do rei.
SÉCULO XVI = Nações européias = Estados Modernos.
(REI + BURGUESIA) X NOBREZA

ESTADO MODERNO

MONARQUIA NACIONAL
BURGUESIA = financiaria os exércitos para o rei.
REI = criaria um sistema de pesos e medidas e moeda.

REI
Pairando acima da nobreza e da burguesia.
Usando a força ou a religião.
ABSOLUTISMO = concentração de todos os poderes nas mãos do rei.

MERCANTILISMO



Política Econômica do Estado Absolutista.
Objetivos
Poupar, lucrar e Obter o máximo de recursos para preservar o poder absoluto do Rei
Características:
Intervenção do Estado na Economia
# BALANÇA DE COMÉRCIO FAVORÁVEL = Exportar mais e importar menos;
# METALISMO = muito metal acumulado é sinal de riqueza;
# SISTEMA COLONIAL = os países europeus possuírem outras terras;
# COLÔNIAS = para fornecer metais e matéria-prima lucrativas e comprar artigos europeus.
# INTERVENCIONISMO ESTATAL = o Estado controlar todas as atividades mercantis;
# PROTECIONISMO ALFANDEGÁRIO = os países europeus impuseram altas tarifas sobre as mercadorias importadas.

terça-feira, 5 de abril de 2011

A ARMA DA PROPAGANDA

"O nazismo transformou-se praticamente em uma religião na Alemanha com a ajuda da propaganda. No comando da ofensiva, o fiel companheiro de Hitler, Paul Joseph Goebbels (1897-1945), ministro da Cultura e Propaganda.

Os meios de comunicação
Além do teatro, dos livros e das revistas, Goebbels explorou ao máximo o poder do rádio e do cinema como instrumentos de difusão em massa da ideologia nazista. Uma das frases atribuídas a ele era a de que "uma mentira repetida mil vezes torna-se uma verdade". Ele se referia justamente à propaganda política em geral. Para os nazistas, a frase era realmente verdadeira, pois, com a liberdade de expressão proibida, não havia no país quem pudesse contestar as ideias e as notícias veiculadas por eles.

Desfiles e símbolos
As grandiosas manifestações públicas, como os desfiles militares que criavam uma ideia de força, unidade e ordem, também tiveram um papel importante. Exaltavam o pretenso heroísmo alemão e a superioridade ariana (do povo germânico). Os nazistas misturaram símbolos tradicionais da cultura alemã, como a música grandiosa de Richard Wagner e compositores menores (como o compositor de marchas militares Horst Wessel), a elementos místicos – a suástica (símbolo hindu milenar que representa boa sorte) e estandartes com o emblema da águia (símbolo antiquíssimo de poder e visão).

O culto ao líder
A propaganda criou um culto em torno de Hitler. O Führer era mostrado como um deus infalível. Era saudado com o braço direito levantado a 45 graus, a mão espalmada com os dedos unidos e a expressão "Heil, Hitler!" ("Salve, Hitler!"), saudação parecida com a dada ao césares da Roma antiga. E as pessoas comuns se cumprimentavam da mesma forma.

Morte inglória
Joseph Goebbels morreu depois de Adolf Hitler, em 1 ou 2 de abril de 1945. Ao chegar ao bunker (abrigo fortificado) de Hitler, os soldados e jornalistas soviéticos encontraram um corpo que tinha acabado de ser incinerado. Concluíram que era o de Goebbels, não só pelo que restou das feições como pela gravata amarela do Partido Nazista e o broche em forma de suástica. Goebbels deu cianureto a suas cinco filhas e à mulher e depois se suicidou. A cremação de seu corpo teria servido para não deixar sinais de sua morte."

ANTISSEMITISMO



Uma das providências do III Reich foi a publicação, em 1935, das Leis de Nuremberg, que proibiam os judeus de, por exemplo, frequentar escolas públicas e os alemães de se casar com judeus ou mesmo fazer compras em lojas pertencentes a judeus. Obras de cientistas e intelectuais, judeus ou não, como Karl Marx (1818-1883), Albert Einstein (1879-1955) e o escritor Franz Kafka (1883-1924), foram queimadas em praça pública.

Mais tarde, durante a guerra, os nazistas poriam em prática o que chamaram de "solução final" para o povo judeu: o extermínio em massa em dezenas de campos de concentração espalhados pela Europa ocupada. Os mais temidos campos da morte eram Auschwitz e Treblinka.

A GRANDE DEPRESSÃO

"A partir de 1930, a crise da economia norte-americana afetou os países europeus. A queda dos preços das matérias-primas, dos produtos agrícolas e das exportações europeias aos Estados Unidos provocaram a quebra de numerosos bancos e o fechamento de empresas na Europa e na América. No Brasil, as exportações de café caíram drasticamente, uma vez que os norte-americanos eram os maiores compradores do produto. Alguns países adotaram uma política de intervenção do Estado na economia para amenizar os efeitos da crise. O único país que escapou dos efeitos do crack de 1929 foi a União Soviética, por causa da política de isolamento (cordão sanitário) adotada pelas nações capitalistas após a Primeira Guerra Mundial.

O mal-estar social
Os efeitos da crise econômica causaram uma crise social que se manifestou no aumento de conflitos e de protestos. Milhares de pessoas, arruinadas economicamente, foram obrigadas a viver em acampamentos e eram alimentadas por organizações humanitárias. Alguns norte-americanos que perderam todo o dinheiro com a quebra da Bolsa de Nova York se suicidaram.

A busca de soluções
Para superar a crise econômica, Franklin Delano Roosevelt empreendeu, em 1933, um programa de reformas conhecido como New Deal. Em uma primeira fase, desvalorizou o dólar, diminuiu a dívida dos agricultores e reduziu a produção de excedentes agrícolas mediante subvenções. Posteriormente, criou novos complexos industriais e começou um programa de construção de obras públicas para reduzir o desemprego. Finalmente, garantiu o direito de greve e instituiu o seguro-desemprego e seguros de invalidez e de velhice. Impulsionador do New Deal, Roosevelt, que vencera as eleições presidenciais norte-americanas de 1932 pelo Partido Democrata, foi reeleito em 1936, 1940 e 1944."

PARA LEMBRAR:
"O New Deal, que literalmente significa 'nova partilha', consistiu na substituição do liberalismo econômico clássico de Adam Smith, no qual o Estado não pode intervir na economia, por um sistema misto, de respeito à iniciativa privada, mas com a intervenção do Estado nos assuntos econômicos, além de uma forte política social."

O CRACK DA BOLSA DE VALORES

Em 24 de outubro de 1929, conhecido como Quinta-feira Negra, as ações da Bolsa de Nova York começaram a cair lentamente. Uma tendência constante provocada pela decisão dos especuladores de vender suas ações a fim de recuperar o dinheiro investido com grande lucro. O crescimento das vendas diminuiu o valor das ações. Sem conseguir conter a queda da Bolsa, os acionistas começaram a vender para perder o mínimo. Em alguns meses, as principais ações da Bolsa perderam até 90% de seu valor.

A prosperidade econômica e as causas da crise

A insistência dos empresários norte-americanos em manter o mesmo ritmo de produção alcançado durante a Primeira Guerra ocasionou a crise. Além disso, o governo – que adotava uma política liberal – não interferia na produção. Mesmo no período anterior à crise, o aumento do nível de vida não atingiu todos os norte-americanos. O grande desemprego entre os operários e a ruína de numerosos agricultores, devido à saturação de mercado e à queda das exportações, foram os primeiros sinais da crise que avançava. A quebra da Bolsa em 1929 foi o estopim de uma crise geral da economia norte-americana, causada pela superprodução e pelo subconsumo, com desdobramentos sociais e políticos.

A crise econômica

O crack da Bolsa de Valores de Nova York provocou uma profunda crise econômica. As pessoas não conseguiam pagar as dívidas, causando a quebra de milhares de bancos e o fechamento do comércio. Ao mesmo tempo, diminuiu a produção industrial e aumentou o desemprego que, em 1933, alcançou cerca de 14 milhões de norte-americanos.

O AMERICAN WAY OF LIFE


Os felizes anos 20
"Nos Estados Unidos, os felizes anos 20 (1924-1929) foram marcados pela prosperidade econômica. A melhora do nível de vida foi alcançada graças à espetacular evolução da técnica, à organização do trabalho, ao desenvolvimento das indústrias química, mecânica e elétrica, à concentração de empresas, ao consumismo acelerado e ao crescimento industrial norte-americano, estimulado pelo forte protecionismo.
O american way of life (ou 'estilo de vida americano') foi desenvolvido na década de 20, amparado pelo bem-estar econômico que desfrutavam os Estados Unidos. O sinal mais significativo deste way of life é o consumismo, materializado na compra exagerada de eletrodomésticos e veículos."

quarta-feira, 30 de março de 2011

GUERRA CIVIL ESPANHOLA


Guernica-de-Pablo-Picasso-1937
"A Guerra Civil Espanhola (1936-1939) contribuiu para fortalecer o nazi-fascismo na Europa. O conflito teve início quando a monarquia da Espanha foi substituída pelo regime republicano de tendência socialista. Contra o novo governo levantaram-se os falangistas, simpatizantes do nazi-fascismo, liderados por Francisco Franco.
Os falangistas, que lutavam contra o socialismo, tiveram o apoio militar e financeiro dos governos italiano e alemão, empenhados, desde que assumiram o poder, na luta anticomunista, e que aproveitaram a oportunidade para testar novos armamentos e equipamentos militares. O governo republicano foi vencido e instaurou-se um governo totalitário liderado por Franco.
A ajuda ítalo-alemã aos falangistas foi decisiva para a vitória contra os socialistas espanhóis: em pouco tempo, a Espanha estava devastada e os mortos contavam-se aos milhares. O pintor Pablo Picasso retratou em sua obra "Guernica" a violência dos ataques fascistas, dentre os quais um destruiu a cidade que dá nome à obra: "No dia 26 de abril de 1937, uma segunda-feira (dia de feira como costume em Guernica), às 4h40 da tarde começaram a surgir os Heinkel 3, bombardeando a cidade e metralhando as ruas. Depois dos Heinkels vieram os Junkers 52, os velhos espectros da Guerra Espanhola. A população começou a abandonar a cidade, sendo metralhada na fuga. Bombas incendiárias (pesando até 450 kg) e outros explosivos foram lançados por vagas de aviões a cada vinte minutos, até as 7h45. A destruição foi total."
O golpe de estado militar, ocorrido na Espanha no dia 17 de julho de 1936, teve também profunda repercussão internacional. Alemanha e Itália apoiaram desde o início os autores do golpe. Para a Itália de Mussolini estava em jogo a preponderância no Mediterrâneo. Já a Alemanha pretendia aproveitar a ocasião para pressionar a Itália a entrar, de uma vez por todas, em seu campo, abandonando a proteção da Áustria. E de fato, no dia 1º de novembro de 1936, Mussolini proclamou a existência do "Eixo Roma-Berlin". Os três países, que encontravam na passividade geral ânimo para novas investidas territoriais, assinaram o Pacto Antikomintern, unidade para combater o comunismo internacional. O clima de tensão na Europa, diante das investidas fascistas, era cada vez mais nítido.
A Guerra Civil Espanhola tve seu fim no dia 27 de março de 1939."
Francisco Franco, falangistas e ditadura
Do Colégio Stockler*

Ditadura de Francisco Franco durou 36 anos
"O general Francisco Franco não aceitou o resultado das eleições e, com o apoio da Falange, mobilizou as tropas para impedir o estabelecimento do novo governo. A Frente Popular reagiu, e o conflito evoluiu para uma guerra civil, que teve vitória da Falange em 1939 e o estabelecimento de uma ditadura fascista que se prolongou até a morte de Franco, em 1975."
Roberson de Oliveira
Especial para a Folha de S. Paulo

domingo, 20 de março de 2011

Em discurso, Obama justifica ataque à Líbia e fala do passado político de Dilma


O presidente dos EUA, Barack Obama, chegou ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro por volta das 15h deste domingo (20), onde fez um discurso a cerca de 2.000 pessoas. Obama, sem gravata, cumprimentou os convidados em português, falou sobre o clássico de futebol entre Vasco e Botafogo, que aconteceu hoje na cidade, e brincou com os presentes. “Alô, Cidade Maravilhosa, obrigado a todo o povo brasileiro”, disse.
Obama defendeu mais uma vez a integração entre os EUA e o Brasil, falando principalmente sobre as parcerias econômicas dos dois países. O presidente elogiou ainda o etanol brasileiro.
O presidente exaltou a relação entre os dois países e defendeu o fortalecimento dos laços entre EUA e Brasil.
Obama abordou questões internacionais, citando a tragédia no Japão –que encontra no Brasil sua maior comunidade fora do país– e a atual situação no Oriente Médio. Os EUA estão junto com França, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Itália promovendo uma intervenção militar na Líbia contra a ditador Muammar Gaddafi, que está há mais de 40 anos no poder.
“Todos merecemos viver sem medo e temos o direto de escolher como seremos governados”, disse, defendendo que estes direitos não são pregados pelos EUA, mas sim são direitos universais. "Nós sabemos que o futuro do mundo árabe será determinado pelo próprio povo. Não devemos temer as mudanças", declarou. "Onde a luz da liberdade brilha, todo o mundo se torna mais brilhante. É o exemplo do Brasil."
Obama exaltou a democracia brasileira e citou as manifestações populares na Cinelândia na época das Diretas Já. O mandatário também falou sobre o passado político da atual presidente, Dilma Rousseff, como exemplo de superação. Dilma foi militante política contrária à ditadura militar e chegou a ser presa pelos militares na época. Obama ainda lembrou do passado pobre do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O presidente ressaltou ainda os valores que considera que Brasil e Estados Unidos possuem em comum. "Nossas duas nações têm muitos desafios, mas no fim é a nossa história que nos dá maior esperança para o amanhã. Vivemos em lugares e que pessoas comuns fizeram coisas fora do comum", afirmou.
Sem mencionar as discórdias recentes entre os dois países –o polêmico acordo nuclear assinado por Brasil e Turquia com o Irã, além da saída conturbada do poder do ex-presidente de Honduras, Manuel Zelaya– Obama pregou o trabalho em conjunto.
"Nossos países nem sempre concordaram sobre tudo, e haverá diferenças de opiniões. Mas vim para dizer que os Estados Unidos torcem pelo sucesso do Brasil. Vamos ficar lado a lado, como parceiros iguais, munidos de respeito mútuo e de projetos que queremos realizar juntos", declarou. Durante esta visita ao Brasil, Obama não escondeu o interesse americano em participar da exploração do petróleo do pré-sal e em ser um bom comprador do combustível fóssil.
*Com informações do UOL Notícias, em São Paulo

LIÇÕES DO CÍRCULO DO FOGO

"Habitantes de um arquipélago incrustado no chamado "círculo de fogo", com passado milenar de tsunamis, terremotos e tufões, os japoneses são um povo consciente de sua vulnerabilidade, garante o historiador americano Andrew Gordon. E é justamente esse profundo entendimento dos perigos de viver sobre uma terra trêmula que os reveste de constante "sentido de prontidão", completa o pesquisador do Instituto Reischauer de Estudos Japoneses, da Universidade Harvard.
Gordon não tem dúvida de que o preparo para lidar com situações tão extremas é lição tirada do passado sísmico. Em 1923, o terremoto Kanto, considerado a pior calamidade natural já enfrentada pelo país, matou 145 mil pessoas e ajudou a definir a vida no Japão moderno. Até hoje a data de aniversário desse tremor, no mês de setembro, é reservada ao treinamento de segurança em escolas e empresas. Não é à toa que, apesar da magnitude da destruição causada pelo recente terremoto, seguido de tsunami e também de ameaça nuclear, a operação de resgate dos sobreviventes e a busca dos desaparecidos tem se dado com surpreendente calma e organização. "Nem sempre foi assim", explica Gordon, também autor de A Modern History of Japan (Oxford University Press, 2003), atentando para o fato de que muitos foram os anos de desordem e caos japonês. "Essa sociedade ordenada que vemos agora é fruto do aprendizado social do pós-guerra."
Foi também da necessidade de reerguer um país dilacerado por duas bombas atômicas que a sociedade japonesa, em meio aos esforços de reconstrução daquela que já assumiu o posto de segunda maior economia global, finalmente reencontrou a unidade e construiu seu orgulho nacional. Talvez agora, calcula o professor, se o governo conseguir manejar com eficiência a crise nas plantas nucleares do complexo Fukushima-Daiichi, tenha enfim chegado a hora de reconquistar o orgulho ferido pelo mal-estar das duas longas décadas de estagnação econômica. E, de quebra, os governantes poderão finalmente recuperar o prestígio perdido. "
Domingo, 20 de Março de 2011, 02h35
Carolina Rossetti

Técnica para evitar o pior




"Os japoneses aprenderam a conviver com a realidade de que habitam um país propenso a desastres naturais. Além de terremotos e tsunamis, como os da sexta-feira passada, são frequentes os tufões e as erupções vulcânicas.
Para minorar os efeitos dos terremotos, e dos tsunamis, o Japão trabalha em duas frentes - a da tecnologia e a da orientação à população. Diante das centenas de morres provocadas pelo desastre de sexta-feira, e das imagens aterrorizantes de casas, carros e até aviões sendo arrastados pela enxurrada, pode-se questionar se as medidas japonesas antiterremoto são de fato eficientes. A resposta é que sim, elas são eficientes. Mas às vezes a fúria da natureza não pode ser detida pelo engenho humano.
Para evitarem que as construções se desmanchem nos terremotos e que seus destroços façam vítimas, os japoneses usam tecnologias em que os prédios são separados do solo por molas ou esferas deslizantes. Assim, conseguem absorver os tremores. O país tem uma legislação de construção severa, revisada duas vezes nos últimos vinte anos. Uma de suas cláusulas reza que, para erguer um edifício com mais de 13 metros de altura, o engenheiro precisa ter pelo menos dois anos de experiência e ser aprovado num teste aplicado pelo Ministério da Construção.
O treinamento da população japonesa para se proteger dos efeitos de terremotos e tsunamis é intensivo e constante. Em 1960 foi criado o Dia da Prevenção de Desastres. Todo 10 de setembro - data que lembra o maior tremor da história do país, ocorrido em 1923 -, ocorrem simulações do que fazer durante os desastres. Essas simulações incluem evacuar edifícios sem pânico, desligar os registros de gás e água, esconder-se embaixo da mesa e encontrar a saída de um ambiente em chamas. Os bombeiros e o Exército encenam ações de resgate. E tradição que o primeiro-ministro participe amplamente dos treinamentos. As grandes cidades japonesas têm centros de prevenção de desastres, que funcionam o ano inteiro e onde os cidadãos podem obter informações sobre como proceder nas emergências. No dia a dia, os japoneses são incentivados a ter em casa kits com lanterna, água, alimentos enlatados, documentos com o tipo de sangue e rádio de pilha - para receber instruções durante o desastre. Toda família japonesa sabe que, em casa, é preciso prender os móveis à parede e evitar objetos pesados em lugares altos. São providências indispensáveis para um povo que conhece de perto os humores da natureza."
Veja - 14/03/2011