domingo, 6 de novembro de 2011

FERNANDO COLLOR DE MELLO (1989 – 1992)

A expressão "caçador de marajás" e “pai dos descamisados.” foram usadas como slogans de Collor nas eleições de 1989, as primeiras diretas para presidente depois do regime militar. em disputa com Lula no segundo turno, Collor saiu vencedor: "Collor - Vitória num país dividido”. Instalado o novo governo, o país foi surpreendido com o mais traumático de todos os planos econômicos – PLANO BRASIL NOVO (Plano Collor) aquele que confiscou a poupança e a conta-corrente dos brasileiros, além de implantar uma política de privatizações. Seu programa de governo, foi divulgado sistematicamente pela mídia há pelo menos um ano e afundou em pouco tempo, uma vez que não apenas a inflação não diminuiu, como a profunda e desorganizada intervenção do governo jogou a economia na recessão e confundiu a administração. O Plano Collor foi um fiasco na missão de acabar com a inflação no Brasil.
Em maio de 1992, Collor recebe as denúncias de Pedro Collor, seu próprio irmão. Veio a público o esquema de corrupção organizado pelo tesoureiro de campanha do presidente, Paulo César Farias, o PC. PC nomeou, demitiu e influenciou as decisões do governo. Comandando um esquema de poder paralelo, traficou influência e desviou recursos públicos, como ficaria provado por uma série de documentos revelados pela imprensa na época.
A população foi às ruas pedir a saída do presidente, através de movimentos como os “caras-pintadas”, enquanto o Congresso e o Judiciário puseram-se à caça de Collor. Em 29 de setembro de 1992, Collor caiu, em uma votação histórica na Câmara. O "caçador de marajás" tornou-se o primeiro presidente da história política brasileira afastado em um processo de impeachment.
“O governo perdeu as estribeiras
e partiu para o vale-tudo. José Sarney, na votação do impeachment (30/9/1992)
Foi uma vitória da sociedade brasileira. A renúncia do presidente Fernando Collor e a subsequente suspensão de seus direitos políticos pareciam a catarse perfeita depois de longo período de sofrimento. O Brasil nunca vira antes tamanha desfaçatez de homens públicos. Conseguiu livrar-se de um presidente corrupto, chefe de uma quadrilha que violava a Constituição e levava o país para o abismo.

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