terça-feira, 20 de abril de 2010

CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO NAZISTA

Campos de concentração espalharam-se por toda a Europa, com novos campos sendo criados perto de centros de densa população, focando especialmente os judeus, a elite intelectual polaca, comunistas, ou ciganos. A maior parte dos campos situava-se na área de Governo Geral.
Campos de concentração para judeus também existiram na própria Alemanha e, apesar de os campos de concentração alemães não terem sido desenhados para o extermínio sistemático — os campos para esse fim situavam-se todos no Leste europeu, a maioria na Polónia —, muitos prisioneiros morreram por causa das más condições ou por execução.
Alguns campos, tais como o de Auschwitz-Birkenau, combinavam trabalho escravo com o extermínio sistemático.
Linha ferroviária que conduzia a Auschwitz II (Birkenau).À chegada a estes campos, os prisioneiros eram divididos em dois grupos: aqueles que eram demasiado fracos para trabalhar eram imediatamente assassinados em câmaras de gás (que por vezes eram disfarçadas com chuveiros) e seus corpos eram queimados, enquanto que os outros eram primeiro usados como escravos em fábricas e empresas industriais localizadas nas proximidades do campo.
Os alemães também organizavam grupos de trabalho auto-sustentável entre os prisioneiros para trabalhar na reciclagem dos cadáveres e na colheita de certos elementos. Para alguns historiadores, os dentes de ouro eram extraídos dos cadáveres e cabelos de mulher (raspado das cabeças das vítimas) antes de entrarem nas câmaras incineradoras. Acreditam eles que esses produtos eram reciclados da seguinte forma: o ouro, fundido e usado na confecção de jóias; os cabelos, tecidos em tapetes e meias, usados para enchimento de casacos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Holocausto

CRISE DE 1929 E O TOTALITARISMO

Ao final da Primeira Guerra, a indústria dos EUA era responsável por quase 50% da produção mundial.
O país criou um novo estilo de vida: o american way of life. Esse estilo de vida caracterizava-se pelo grande aumento na aquisição de automóveis, eletrodomésticos e toda sorte de produtos industrializados.
Entretanto, os EUA sofreu grande abalo em 1929, quando mergulhou numa terrível crise, de repercussão mundial.
Terminada a guerra, os países europeus voltaram a organizar e a desenvolver sua estrutura produtiva. Para isso, acabaram reduzindo as importações de produtos americanos. O ritmo de produção industrial e agrícola dos Estados Unidos continuava a crescer aceleradamente.
Por sua vez, Inglaterra, França e Alemanha foram atualizando rapidamente seus métodos industriais. Isso colaborou para aumentar o desequilíbrio entre o excesso de mercadorias produzidas e o escasso poder aquisitivo dos consumidores. Configurava-se assim uma conjuntura econômica de superprodução capitalista.

O crack da Bolsa de Valores de Nova York

A crise de superprodução teve como um de seus grandes marcos o dia 29 de outubro de 1929, dia do crack da Bolsa de Valores de Nova York, que representava o grande termômetro econômico do mundo capitalista. As ações das grandes empresas sofreram uma queda vertiginosa, perdendo quase todo o seu valor financeiro.
As empresas foram forçadas a reduzir o ritmo de sua produção. Em função disso, promoveram a demissão em massa de seus funcionários. Terminava o sonho do american way of life. Durante a crise somou-se 15 milhões de desempregados.
O crack da Bolsa de Valores de Nova York abalou o mundo inteiro. Os Estados Unidos não podendo vender também deixaram de comprar e isso afetou também o Brasil, que dependia das exportações de café para os Estados Unidos.
Com a crise, grande parte do volumoso estoque de café produzido no Brasil ficou sem mercado consumidor. O Brasil não conseguiu conter o desastre econômico que abalou a classe cafeicultora, e por conseqüência abalou as próprias estruturas políticas da República Velha, abrindo caminho para a Revolução de 1930, que levaria Getúlio Vargas ao poder.

New Deal: a reação à crise

Nos primeiros anos do governo do presidente Franklin Delano Roosevelt, os Estados Unidos adotaram o New Deal, um conjunto de medidas destinadas à superação da crise. O New Deal foi inspirado nas idéias do inglês John Keynes.
Dentre as principais medidas adotadas pela política econômica do New Deal, destacam-se:
Controle governamental dos preços de diversos produtos industriais e agrícolas.
Concessão de empréstimos aos proprietários agrícolas.
Realização de um grande programa de obras públicas.
Criação de um seguro-desemprego.
Recuperação industrial.

O avanço dos regimes totalitários

Em diversos países europeus, a crise do capitalismo provocou efeitos mais ou menos desastrosos. Sofreram com o aumento do desemprego, a elevação dos preços, a redução do poder aquisitivo e a desorganização da produção econômica.
Os setores mais explorados da população passaram a reclamar de forma mais contundente soluções sociais que melhorassem suas condições de vida.
Os regimes democráticos revelaram-se incapazes de solucionar os grandes problemas socioeconômicos da época.
Havia ainda outro importante fator que promoveu o recuo do liberalismo. Era o medo alimentado pelas classes dominantes da expansão dos movimentos socialistas, revigorados pelo exemplo da Revolução Russa.
Os partidos de orientação marxista, representavam uma terrível ameaça aos interesses dos grandes banqueiros e industriais. Para salvar esses interesses, apoiou a ascensão de regimes totalitários, que prometiam estabelecer a ordem e a disciplina social. Exemplos marcantes desse processo foram o desenvolvimento do fascismo na Itália e do nazismo na Alemanha.

http://netopedia.tripod.com/historia/crise_29.htm

quinta-feira, 8 de abril de 2010

ALEMANHA = NAZISMO

Adolf Hitler foi o líder do Partido Nazista, chanceler e, posteriormente, ditador alemão. Era filho de um funcionário de alfândega de uma pequena cidade fronteiriça da Áustria com a Alemanha. As suas teses racistas e anti-semitas e os seus objetivos para a Alemanha ficaram patentes no seu livro de 1924, Mein Kampf (Minha luta).
No período da ditadura de Hitler, os judeus e outros grupos minoritários considerados "indesejados", como testemunhas de Jeová , eslavos, poloneses, ciganos, negros, homossexuais, deficientes físicos e mentais, foram perseguidos e exterminados no que se convencionou chamar de Holocausto.
Anti-semita é todo inimigo da raça judaica, de sua cultura ou de sua influência. Trata-se de uma definição anacrônica por duas razões:
1) porque a ciência não admite hoje que as diferenças étnicas entre os seres humanos alcancem a classificação de raça; todos os homens e mulheres pertencem a uma única raça, a humana.
2) porque a religião, cultura e tradição judaicas são compartilhadas por vários grupos étnicos.
A definição contém, ainda, um terceiro erro: os ´semitas´, que segundo a Bíblia seriam os descendentes de Sem, filho de Noé, não só são apenas os judeus, mas também os povos árabes.
Hitler seria derrotado apenas pela intervenção externa dos países aliados no prosseguimento da Segunda Guerra Mundial, que acarretou a morte de um total estimado em 50 ou 60 milhões de pessoas. Cometeu suicídio no seu Quartel-General (o Führerbunker), em Berlim, 1945.
A suástica é um símbolo místico encontrado em muitas culturas em tempos diferentes, dos índios Hopi aos Astecas, dos Celtas aos Budistas, dos Gregos aos Hindus.
Alguns autores acreditam que a suástica tem um valor especial por ser encontrada em muitas culturas sem contatos umas com as outras. Os símbolos a que chamamos suástica possuem detalhes gráficos bastante distintos.
Vários desenhos de suásticas usam figuras com três linhas. A nazista tem os braços, apontando para o sentido horário, ou seja, indo para a direita e roda a figura de modo a um dos braços estar no topo.

A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL NARRADA POR UM SOLDADO

"Estamos tão exaustos que dormimos, mesmo sob intenso barulho. A melhor coisa que poderia acontecer seria os ingleses avançarem e nos fazerem prisioneiros. Ninguém se importa conosco. Não somos revezados. Os aviões lançam projéteis sobre nós. Ninguém mais consegue pensar. As rações estão esgotadas – pão, conservas, biscoitos, tudo terminou! Não há uma única gota de água. É o próprio inferno!"

(Fonte: J. M. Roberts (org.) História do Século XX. In: Adhemar Martins Marques et al. História Contemporânea através de textos. São Paulo: Contexto, 1994. p.120).

REVOLUÇÃO RUSSA = 1917

“As condições dos trabalhadores russos são tais que eles são privados dos mais elementares direitos civis. Eles não devem ousar reunir-se, discutir juntos os seus assuntos, organizar os sindicatos, publicar declarações (...) há tão escandaloso abuso do poder pelas autoridades e tal violação dos direitos do homem comum que dificilmente serão possíveis em qualquer país europeu.
Notava-se uma imensa fraqueza da burguesia russa, uma vez que a maior parte das terras estava com a nobreza e o grande capital industrial estava em mãos de estrangeiros. A partir do desenvolvimento da industrialização, as pequenas empresas foram progressivamente eliminadas e os capitalistas russos tiveram de se contentar com o controle de empresas pequenas e médias, sem possibilidade de concorrência comas estrangeiras.” (Lênin)

domingo, 7 de junho de 2009

JK, JQ e JG até a DITADURA MILITAR

No ano seguinte, Juscelino Kubitschek foi eleito presidente, tendo como vice o petebista João Goulart. A chapa obteve 36% dos votos, 500 mil a mais do que o udenista Juarez Távora. Durante o governo JK, o Brasil viveu um clima de otimismo e confiança. No pleito de 1960, o carismático Jânio Quadros, apoiado pela UDN, dá uma lavada no marechal Henrique Teixeira Lott, da coligação PTB-PSD. O candidato da "vassourinha" recebeu o apoio de 48% dos eleitores, o equivalente a 5.636.623 votos, a maior votação até então recebida por um presidente. João Goulart, herdeiro de Getúlio Vargas, foi eleito vice-presidente - naquela época, votava-se separadamente para presidente e vice.
Com a renúncia de Jânio, sete meses depois de sua posse, João Goulart assumiu a presidência. Foi um governo tumultuado. Ele governou por 30 meses, até ser deposto pelo golpe militar de 1o de abril de 1964. Iniciava-se ali um longo período em que os brasileiros seriam impedidos de eleger diretamente o presidente da República.
A tomada do poder pelos militares, em abril de 1964, representou um duro golpe para a democracia no país. Iniciava-se ali um longo período em que o brasileiro estaria alijado de escolher pelo voto direto o presidente da República. O golpe de 64 também suspendeu ou restringiu as eleições para outros cargos majoritários (governador, prefeito e senador), embora tenha preservado as eleições diretas para alguns postos legislativos, como deputado federal, estadual e vereador. Esses pleitos, entretanto, foram marcados por uma série de artimanhas eleitorais que tinham um claro objetivo: favorecer os políticos da base governista.

O GOVERNO VARGAS

Depois de 36 anos ininterruptos de democracia e eleições presidenciais e parlamentares, a década de 1930 iniciou-se com um golpe de Estado que derrubou o presidente Washington Luís. Em seu lugar, foi alçado ao poder o gaúcho Getúlio Vargas, que ficaria no comando do país por quinze anos. Esse período teve três momentos distintos. Até 1934, Getúlio Vargas esteve à frente de um governo provisório e dirigiu a nação como chefe revolucionário. Naquele ano, foi eleito presidente pela Assembléia Constituinte, que havia sido instalada em 1933. No final de 1937, poucos meses antes das eleições presidenciais marcadas para janeiro do ano seguinte, o caudilho gaúcho promoveu um golpe militar e instituiu o Estado Novo, uma ditadura que se prolongou até 1945. Nos oito anos do Estado Novo, o brasileiro não foi às urnas uma única vez.
Em 1932, no entanto, dois anos depois do início da Era Vargas, o país havia ganhado uma nova legislação eleitoral, que, entre outras coisas, instituíra o voto secreto e estendera às mulheres o direito ao voto. A médica paulista Carlota Pereira Queiroz foi a primeira mulher eleita deputada federal, em 1933. Junto com o novo código, também foram criados o Tribunal Superior Eleitoral e os Tribunais Regionais Eleitorais. Ambos seriam extintos em 1937 para serem reinstalados após o fim da Era Vargas.
A ditadura Vargas foi marcada pelo centralismo político, pelo fechamento do Congresso e pela nomeação de políticos de seu grupo para a chefia dos Estados. A vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial, entretanto, representou um duro golpe para o Estado Novo. A pressão pela volta da democracia atingiu um ponto insustentável e levou Vargas a permitir a reorganização partidária e convocar eleições para dezembro de 1945. Os governistas criaram o Partido Social Democrático (PSD) e lançaram a candidatura do general Eurico Gaspar Dutra, apoiada pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), de Vargas. A oposição reuniu-se em torno da União Democrática Nacional (UDN) e apostou suas fichas no brigadeiro Eduardo Gomes. O Partido Comunista Brasileiro (PCB) retornou à legalidade e lançou Yedo Fiúza à presidência.
Temerosos de um novo golpe patrocinado por Vargas, os chefes militares o destituíram do poder em 29 de outubro de 1945 e entregaram a presidência ao presidente do Supremo Tribunal, José Linhares. Nas eleições de dezembro, o general Dutra, ex-ministro da Guerra de Vargas, foi eleito presidente com 54,2% dos votos, um recorde ainda não superado até nenhum candidato. Os parlamentares formaram uma Assembléia Constituinte e elaboraram a Constituição de 1946.
A eleição de Dutra, que governou o país até 1951, utilizou cédulas eleitorais impressas e distribuídas pelos partidos concorrentes, onde constava apenas o nome de um candidato. Foi somente em 1955 que a Justiça Eleitoral se encarregou de sua produção, fazendo constar nela os nomes de todos candidatos a cargos majoritários. Outra novidade foi a exigência da foto no título eleitoral numa tentativa de acabar com as flagrantes fraudes no processo. No fim da década de 50, um recadastramento havia revelado a existência de 1,8 milhão de eleitores fantasmas.
Ao fim do governo Dutra, o Brasil voltou às urnas e reconduziu Vargas à presidência. O nacionalismo varguista irritava a oposição, que conspirava abertamente por sua queda. O atentado ao jornalista Carlos Lacerda, em agosto de 1954, enfraqueceu ainda mais o presidente e fez com que um grupo de generais exigissem sua renúncia. No dia seguinte à publicação do manifesto, Vargas suicidou-se no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro.