sábado, 16 de abril de 2011

COLUNA PRESTES

"A Coluna Miguel Costa Prestes, mais conhecida como Coluna Prestes, foi um movimento liderado por militares, que faziam oposição à República Velha e às classes dominantes na época. Teve início em abril de 1925, no governo de Artur Bernardes (1922-1926).
No início da década de XX, o Brasil vivia sob o domínio das oligarquias rurais e setores médios urbanos, como os militares, por exemplo, começaram a questionar este poder e a pressionar por mais investimentos nas forças armadas.
O primeiro levante militar ocorreu no Rio de Janeiro, liderado pelos tenentes do exército, que ficou conhecido como Tenentismo. Em 1924, surgiu uma nova rebelião, desta vez em São Paulo. Depois de muitos combates contra as tropas fiéis ao governo, os revoltosos se refugiaram no interior do Estado.
Enquanto isso, Luís Carlos Prestes, também militar, organizava outro grupo no Rio Grande do Sul. Em abril de 1925, as duas frentes de oposição, a Paulista liderada por Miguel Costa, e a Gaúcha, por Prestes, uniram-se em Foz do Iguaçu e partiram para uma caminhada pelo Brasil.
Com aproximadamente mil e quinhentos homens, a Coluna Prestes percorreu 25.000 quilômetros. Durante dois anos e meio atravessou 11 estados. Do sul, o grupo rumou para centro-oeste do país, percorreu o nordeste, até o estado do Maranhão. Na volta, os combatentes refizeram o caminho, até chegar à fronteira com Bolívia.
Nas cidades por onde passava, a Coluna Prestes despertava apoio da população e a atenção dos coronéis, que também eram alvo das críticas do movimento. Sempre vigiados por soldados do governo, os revoltosos evitavam confrontos diretos com as tropas, por meio de táticas de guerrilha.
Por meio de comícios e manifestos, a Coluna denunciava à população a situação política e social do país. Num primeiro momento, não houve muitos resultados, porém o Movimento ajudou a balançar as bases, já enfraquecidas, do sistema oligárquico e a preparar caminho para a Revolução de 1930.
Luís Carlos Prestes tornou-se o ícone desta Marcha, ficando conhecido como “O cavaleiro da esperança”. Ele não foi o principal líder da Coluna. Quem tomou a frente do percurso foi Miguel Costa. Mas Prestes era o idealizador, aquele que alimentava o sentimento de liberdade política, voto secreto e justiça social.
Em fevereiro de 1927, a Coluna chegou à Bolívia, onde se desfez. Muitos combatentes se exilaram ali mesmo. Prestes foi para Rússia e, posteriormente, voltou ao país como um dos líderes do Partido Comunista Brasileiro (PCB)."

MOVIMENTO OPERÁRIO NO BRASIL



MOVIMENTO OPERÁRIO NO BRASIL
Em 1917 eclodiu no Brasil a manifestação operária de impacto nacional orientada por organizações sindicais e partidos operários. O movimento não tinha caráter apenas reivindicatório, mas também revolucionário, ou seja, visava a transformação do sistema de governo. A greve geral de 1917 conseguiu paralisar São Paulo e o Rio de Janeiro e obter o atendimento de grande parte das reivindicações. Deu ânimo aos movimentos operários. Nos quatro anos seguintes, greves parciais pipocaram em diversas cidades brasileiras.
A greve geral ocorreu num momento peculiar: em meio à I Guerra Mundial, no mesmo ano em que a Revolução Russa chocava o mundo e poucos meses antes da implantação do regime socialista na Rússia. No Brasil, não foi a primeira greve; desde 1889, ocorreram vários movimentos parciais, restritos a determinadas fábricas e oficinas, em geral motivados por reivindicações econômicas. Ainda que esparsas, essas tentativas contribuíram para a organização de um movimento operário: em 1890 foi fundado o Partido Operário e, no ano seguinte, o Partido Anarquista. Até 1920, os anarquistas dominaram os movimentos e organizações operárias; elas eram fortes na Espanha e na Itália, países de origem de um grande número de imigrantes.
O movimento operário foi crescendo à medida que aumentava a industrialização do país. Em seus primórdios, esta se deu em condições bastantes desfavoráveis para os trabalhadores: a remuneração do trabalho era reduzida sempre que as empresas enfrentavam alguma crise ou sempre que havia muita oferta de mão-de-obra; as condições de trabalho eram extremamente precárias e as jornadas muito longas, mesmo para crianças; não havia nenhum tipo de previdência social; os salários eram baixos.
A greve de 1917 começou em São Paulo entre os operários de uma fábrica têxtil que reivindicavam aumento de 20% nos salários. A partir daí foi ganhando a adesão de outros trabalhadores, já que pela primeira vez unificaram-se as reivindicações. Um mês depois já eram 20 mil os grevistas, combatidos com violência pela polícia, o que só fez aumentar a solidariedade de outros trabalhadores. Bondes, iluminação, padarias, comércio em geral, todos esses setores aderiram, e a burguesia paulistana foi tomada pelo pânico. A radicalização aumentou de parte a parte e a greve só foi suspensa no dia 15 de julho, depois que uma comissão de jornalista resolveu servir de intermediária, promovendo um acordo em que os operários conseguiram seus intentos.
Em termos, pois quatro dias depois recomeçou a agitação, uma vez que muitos patrões não cumpriram o acordo. Dessa vez, as paralisações não se limitaram a São Paulo e pipocaram no Rio de Janeiro, em Curitiba e muitas outras cidades. Em agosto havia 70 mil grevistas por todo o país, número extremamente alto quando se considera o número reduzido de operários industriais no Brasil de então. Nos dois anos seguintes, as greves foram ainda uma constante, mas pouco a pouco o movimento foi perdendo o ímpeto. A partir de 1922, os movimentos reivindicatórios passaram a ser feitos por outros que não operários, com o crescimento das sedições políticas de caráter nacional.
A primeira greve operária conhecida entre nós (vitoriosa por sinal) ocorreu em 1858 no Rio de Janeiro, e mobilizou os tipógrafos dos jornais Correio Mercantil e Jornal do Comércio.
No plano estritamente social, alguns levantamentos apontam para a ocorrência de 41 manifestações operárias no Rio de Janeiro entre 1908 e 1916. Essas ações, capitaneadas sobretudo pelos trabalhadores de origem anarquista, galvanizava os operários têxteis, gráficos, marmoristas, cafés e bares. O movimento de 1917 resulta justamente do acúmulo de forças realizado nos anos anteriores.

TEMPOS MODERNOS
(Milton Nascimento e Fernando Brant)
O Brasil dos novecentos
é terra de novidade.
Automóvel e cinema
tomam conta da cidade
que cresce ouvindo disco
voando de aeroplano
trabalhando lá na fábrica
ou jogando futebol

A greve invade as ruas
toma conta de São Paulo
e o sonho anarquista
se mistura a outros sonhos:
o que segue com a Coluna
riscando o chão do país
e o que vira modernista
e faz a arte feliz
A liberdade e o novo
convivem no sonho do povo.

Versos distribuídos nas fábricas, sem indicação de autor, publicados no jornal “A Plebe”:
Quem de três tira noventa
Adivinhem quanto fica?
Esta conta é que atormenta
Que enfeza, que mortifica
Os pobres dos proletários.
Neste jogo de entremez
Ganham seis mil réis diários
Gastam trezentos por mês (...)
Custa a casa cento e tantos,
O sapato custa trinta
Roupa, nem se sabe quantos
O vendeiro não se finta (...)
A feira só para os ricos
O armazém para os ricaços
Se houvesse ao menos uns “bicos”
Tivéssemos quatro braços ...
Trabalha-se o dia inteiro,
À noite cai-se no chão.
Esta vida sem dinheiro
Não é de fome, é de cão!
Postado por MOVIMENTO CULTURAL

terça-feira, 12 de abril de 2011

Principais filósofos do ABSOLUTISMO





Nicolau Maquiavel (1469-1527),O Príncipe
# governo forte, livre da influência da Igreja
# uso dos meios para atingir o poder
#utilizar meios legais ou ilícitos para se conservar no poder.
# O príncipe deve ser “um lobo em pele de carneiro”.
# Para Maquiavel a mentira e a traição eram minimi¬zadas porque “os fins justificam os meios”.

Jean Bodin (1530-1596) e Jacques Bossuet (1627-1704) Teoria do Direito Divino.
# A autoridade real é vontade divina = o rei era um homem predestinado por Deus para governar o mundo.
# Deus paira sobre o Universo e o rei paira sobre os homens e somente a Deus o rei presta contas.
# Desobedecer ao rei = é desobedecer a Deus.

Thomas Hobbes = “o homem é o lobo do próprio homem”
# o poder absoluto do rei = a única forma de promover a paz entre os homens e a segurança dos gover¬nados.
# Os homens deixados à própria sorte e às disputas de interesses particulares = o caos através de guerras sem fim.

ABSOLUTISMO


SÉCULO XIV = processo de Centralização Política nas mãos do rei.
SÉCULO XVI = Nações européias = Estados Modernos.
(REI + BURGUESIA) X NOBREZA

ESTADO MODERNO

MONARQUIA NACIONAL
BURGUESIA = financiaria os exércitos para o rei.
REI = criaria um sistema de pesos e medidas e moeda.

REI
Pairando acima da nobreza e da burguesia.
Usando a força ou a religião.
ABSOLUTISMO = concentração de todos os poderes nas mãos do rei.

MERCANTILISMO



Política Econômica do Estado Absolutista.
Objetivos
Poupar, lucrar e Obter o máximo de recursos para preservar o poder absoluto do Rei
Características:
Intervenção do Estado na Economia
# BALANÇA DE COMÉRCIO FAVORÁVEL = Exportar mais e importar menos;
# METALISMO = muito metal acumulado é sinal de riqueza;
# SISTEMA COLONIAL = os países europeus possuírem outras terras;
# COLÔNIAS = para fornecer metais e matéria-prima lucrativas e comprar artigos europeus.
# INTERVENCIONISMO ESTATAL = o Estado controlar todas as atividades mercantis;
# PROTECIONISMO ALFANDEGÁRIO = os países europeus impuseram altas tarifas sobre as mercadorias importadas.

terça-feira, 5 de abril de 2011

A ARMA DA PROPAGANDA

"O nazismo transformou-se praticamente em uma religião na Alemanha com a ajuda da propaganda. No comando da ofensiva, o fiel companheiro de Hitler, Paul Joseph Goebbels (1897-1945), ministro da Cultura e Propaganda.

Os meios de comunicação
Além do teatro, dos livros e das revistas, Goebbels explorou ao máximo o poder do rádio e do cinema como instrumentos de difusão em massa da ideologia nazista. Uma das frases atribuídas a ele era a de que "uma mentira repetida mil vezes torna-se uma verdade". Ele se referia justamente à propaganda política em geral. Para os nazistas, a frase era realmente verdadeira, pois, com a liberdade de expressão proibida, não havia no país quem pudesse contestar as ideias e as notícias veiculadas por eles.

Desfiles e símbolos
As grandiosas manifestações públicas, como os desfiles militares que criavam uma ideia de força, unidade e ordem, também tiveram um papel importante. Exaltavam o pretenso heroísmo alemão e a superioridade ariana (do povo germânico). Os nazistas misturaram símbolos tradicionais da cultura alemã, como a música grandiosa de Richard Wagner e compositores menores (como o compositor de marchas militares Horst Wessel), a elementos místicos – a suástica (símbolo hindu milenar que representa boa sorte) e estandartes com o emblema da águia (símbolo antiquíssimo de poder e visão).

O culto ao líder
A propaganda criou um culto em torno de Hitler. O Führer era mostrado como um deus infalível. Era saudado com o braço direito levantado a 45 graus, a mão espalmada com os dedos unidos e a expressão "Heil, Hitler!" ("Salve, Hitler!"), saudação parecida com a dada ao césares da Roma antiga. E as pessoas comuns se cumprimentavam da mesma forma.

Morte inglória
Joseph Goebbels morreu depois de Adolf Hitler, em 1 ou 2 de abril de 1945. Ao chegar ao bunker (abrigo fortificado) de Hitler, os soldados e jornalistas soviéticos encontraram um corpo que tinha acabado de ser incinerado. Concluíram que era o de Goebbels, não só pelo que restou das feições como pela gravata amarela do Partido Nazista e o broche em forma de suástica. Goebbels deu cianureto a suas cinco filhas e à mulher e depois se suicidou. A cremação de seu corpo teria servido para não deixar sinais de sua morte."

ANTISSEMITISMO



Uma das providências do III Reich foi a publicação, em 1935, das Leis de Nuremberg, que proibiam os judeus de, por exemplo, frequentar escolas públicas e os alemães de se casar com judeus ou mesmo fazer compras em lojas pertencentes a judeus. Obras de cientistas e intelectuais, judeus ou não, como Karl Marx (1818-1883), Albert Einstein (1879-1955) e o escritor Franz Kafka (1883-1924), foram queimadas em praça pública.

Mais tarde, durante a guerra, os nazistas poriam em prática o que chamaram de "solução final" para o povo judeu: o extermínio em massa em dezenas de campos de concentração espalhados pela Europa ocupada. Os mais temidos campos da morte eram Auschwitz e Treblinka.